quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cardeal Antonio Cañizares Fala sobre liturgia da Igreja hoje


28.12.2010 - Apresentamos nossa tradução da entrevista concedida pelo Cardeal Antonio Cañizares a Andrea Tornielli, do Il Giornale, via La Buhardilla de Jerónimo.

A liturgia católica vive “uma certa crise” e Bento XVI quer dar vida a um novo movimento litúrgico, que volte a trazer mais sacralidade e silêncio à Missa, e mais atenção à beleza no canto, na música e na arte sacra.

O Cardeal Antonio Cañizares Llovera, 65 anos, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, que enquanto bispo na Espanha era chamado de “o pequeno Ratzinger”, é o homem ao qual o Papa confiou esta tarefa. Nesta entevista a Il Giornale, o “ministro” da liturgia de Bento XVI revela e explica programas e projetos.

Como cardeal, Joseph Ratzinger havia lamentado uma certa pressa na reforma litúrgica pós-conciliar. Qual é a sua opinião?

A reforma litúrgica foi realizada com muita presa. Havia ótimas intenções e o desejo de aplicar o Vaticano II. Mas houve precipitação. Não se deu tempo e espaço suficiente para acolher e interiorizar os ensinamentos do Concílio; de repente, mudou-se o modo de celebrar.

Recordo bem a mentalidade então difundida: era necessário mudar, criar algo novo. Aquilo que havíamos recebido, a tradição, era visto como um obstáculo. A reforma foi entendida como obra humana, muitos pensavam que a Igeja era obra de nossas mãos e não de Deus. A renovação litúrgica foi vista como uma investigação de laboratório, fruto da imaginação e da criatividade, a palavra mágica de então.

Como cardeal, Ratzinger havia prognosticado uma “reforma da reforma” litúrgica, palavras atualmente impronunciáveis, mesmo no Vaticano. Todavia, parece evidente que Bento XVI a deseje. É possível falar dela?

Não sei se é possível, ou se é conveniente, falar de “reforma da reforma”. O que vejo absolutamente necessário e urgente, segundo o que deseja o Papa, é dar vida a um novo, claro e vigoroso movimento litúrgico em toda a Igreja. Porque, como explica Bento XVI no primeiro volume de sua Opera Omnia, em relação à liturgia se decide o destino da fé e da Igreja. Cristo está presente na Igreja através dos sacramentos. Deus é o sujeito da história, e não nós. A liturgia não é uma ação do homem, mas de Deus.

O Papa, mais que decisões impostas de cima, fala com o exemplo. Como ler as mudanças introduzidas por ele nas celebrações papais?

Acima de tudo, não deve haver nenhuma dúvida sobre a bondade da renovação litúrgica conciliar, que trouxe grandes benefícios para a vida da Igreja, como a participação mais consciente e ativa dos fiéis e a presença enriquecida da Sagrada Escritura. Mas além destes e outros benefícios, não faltaram sombras, surgidas nos anos seguintes ao Vaticano II: a liturgia, isso é fato, foi “ferida” por deformações arbitrárias, provocadas também pela secularização que desgraçadamente atinge também dentro da Igreja. Consequentemente, em muitas celebrações já não se coloca Deus no centro, mas o homem e seu protagonismo, sua ação criativa, o papel principal é dado à assembléia. A renovação conciliar foi entendida como uma ruptura e não como um desenvolvimento orgânico da tradição. Devemos reaviver o espírito da liturgia e para isso são significativos os gestos introduzidos nas liturgias do Papa: a orientação da ação litúrgica, a cruz no centro do altar, a comunhão de joellhos, o canto gregoriano, o espaço para o silêncio, a beleza na arte sacra. É também necessário e urgente promover a adoração eucarística: diante da presenção real do Senhor, não se pode senão estar em adoração.

Quando se fala de uma recuperação da dimensão do sagrado, há sempre quem apresente tudo isso como um simples retorno ao passado, fruto de nostalgia. Como o senhor responde?

A perda do sentido do sagrado, do Mistério, de Deus, é uma das perdas de consequências mais graves para um verdadeiro humanismo. Quem pensa que reavivar, recuperar e reforçar o espírito da liturgia e a verdade da celebração é um simples retorno a um passado superado, ignora a verdade das coisas. Colocar a liturgia no centro da vida da Igreja não é em nada nostálgico, mas, pelo contrário, é garantia de estar a caminho em direção ao futuro.

Como julga o estado da liturgia católica no mundo?

Diante do risco da rotina, diante de algumas confusões, da pobreza e da banalidade do canto e da música sacra, pode-se dizer que há uma certa crise. Por isso é urgente um novo movimento litúrgico. Bento XVI, indicando o exemplo de São Francisco de Assis, muito devoto do Santíssimo Sacramento, explicou que o verdadeiro reformador é alguém que obedece a fé: não se move de maneira arbitrária e não se arroga nenhuma discricionariedade sobre o rito. Não é o dono, mas o custódio do tesouro instituido pelo Senhor e confiado a nós. O Papa, portanto, pede à nossa Congregação promover uma renovação segundo o Vaticano II, em sintonia com a tradição litúrgica da Igreja, sem esquecer a norma conciliar que prescreve não introduzir inovações exceto quando as requererem uma verdadeira e comprovada utilidade para a Igreja, com a advertência de que as novas formas, em todo caso, devem surgir organicamente das já existentes.

O que pretende fazer como Congregação?

Devemos considerar a renovação litúrgica segundo a hermêutica da continudade na reforma indicada por Bento XVI para ler o Concílio. E para fazê-lo, é necessário superar a tendência de “congelar” o estado atual da reforma pós-conciliar, de um modo que não faz justiça ao desenvolvimento orgânico da liturgia da Igreja.

Estamos tentanto levar adiante um grande empenho na formação dos sacerdotes, seminaristas, consagrados e fiéis leigos, para favorecer a compreensão do verdadeiro significado das celebrações da Igreja. Isso requer uma adequada e ampla instrução, vigilância e fidelidade nos ritos, e uma autêntica educação para vivê-los plenamente. Este empenho será acompanhado pela revisão e pela atualização dos textos introdutórios de diversas celebrações (prenotanda). Somos conscientes também de que dar impulso a este novo movimento não será possível sem uma renovação pastoral da iniciação cristã.

Uma perspectiva que deveria ser aplicada também à arte e à música…

O novo movimento litúrgico deverá fazer descobrir a beleza da liturgia. Por isso, abriremos uma nova seção em nossa Congregação dedicada à “Arte e música sacra” a serviço da liturgia. Isso nos levará a oferecer, o quanto antes, critérios e orientações para a arte, canto e música sacras. Como também pensamos em oferecer o mais rápido possível critérios e orientações para a pregação.

Nas Igrejas desaparecem os genuflexórios, a Missa às vezes é ainda um espaço aberto à criatividade, são cortadas inclusive as partes mais sagradas do cânon. Como inverter esta tendência?

A vigilância da Igreja é fundamental e não deve ser considerada como algo inquisitório ou repressivo, mas como um serviço. Em todo caso, devemos tornar todos conscientes da exigência, não só dos direitos do fiéis, mas também dos “direitos de Deus”.

Existe também o risco oposto, isto é, o de se crer que a sacralidade da liturgia depende da riqueza dos paramentos: uma posição fruto de esteticismo que parece ignorar o coração da liturgia…

A beleza é fundamental, mas é algo muito distintito de um esteticismo vazio, formalista e estéril, no qual se cai às vezes. Existe o risco de se acreditar que a beleza e a sacralidade da liturgia dependem da riqueza ou da antiguidade dos paramentos. É necessário uma boa formação e uma boa catequese baseada no Catecismo da Igreja Católica, evitando também o risco oposto, o da banalização, e atuando com decisão e energia quando se recorre a costumes que tiveram seu sentido no passado, mas que atualmente não têm ou não contribuem de nenhum modo para a verdade da celebração.

Poderia nos dar alguma indicação concreta sobre o que poderia mudar na liturgia?

Mais que pensar em mudanças, devemos nos comprometer em reaviver e promover um novo movimento litúrgico, seguindo o ensinamento de Bento XVI, a reaviver o sentido do sagrado e do Mistério, pondo Deus no centro de tudo. Devemos impulsionar a adoração eucarística, renovar e melhorar o canto litúrgico, cultivar o silêncio, dar mais espaço à meditação. Disso surgirá as mudanças…

Fonte: http://fratresinunum.com/
Fonte: Rainha Maria

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dança Liturgica pode?




Inicialmente quero explicar uma coisa, a Cúria Romana (órgão administrativo) é divididas em congregações, como por exemplo a Congregação para a Doutrina da Fé que era presidida pelo então Cardeal Joseph Alois Ratzinger atual PAPA Bento XVI, hoje a mesma é presidida pelo Cardeal William Joseph Levada, essas congregações são responsáveis pela administração das várias "partes" da Igreja, explico, a que o amado Cardeal Ratzinger presidia é responsável por difundir a doutrina da Igreja e defender os pontos da tradição católica que possam estar em perigo!

Mas não é sobre essa que quero falar nesse momento isso virar em outra postagem que estou preparando, mas quero falar sobre a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos que é presidida hoje pelo Cardeal Antonio Cañizares Cardeal Llovera, essa congregação tem como função se ocupar de tudo que diz respeito a Sé Apostólica, a cerca da promoção e da regulamentação da liturgia e, em primeiro lugar, dos sacramentos. Promove a ação pastoral litúrgica e tudo que está ligada a preparação e a celebração da Eucaristia, e dos outros sacramentos e dos sacramentais, no que se refere a celebração do domingo e das outras festas do Ano Litúrgico e da Liturgia das Horas, ou seja, tudo que se posso colocar sobre a liturgia da igreja, é essa congregação que manda e desmanda.

Com isso quero dizer que nós leigos ou até mesmos os sacerdotes(padres, bispos) devemos obediência a essas congregações, e quando se trata de liturgia nada melhor que os presidentes dessa ultima congregação para falar isso, seja esse o atual ou um anterior, e este é o caso, no final da postagem colocarei um vídeo com uma entrevista com o Cardeal Francis Arinze - encontrei o Vídeo no blog Eurico Zine - , que presidia a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e o foi perguntado sobre a dança na celebração da Santa Missa, bem vejamos a resposta dele, segue abaixo alguma das frases dele :

"Não deveríamos falar sobre dança litúrgica de jeito algum, porque a dança (...) não é parte do culto."

"(...) o africano se moverá para a direita e para a esquerda. Não é uma dança. É um movimento gracioso para mostrar alegria e oferta."

"Mas não vamos à Missa para divertirmos. Não vamos à Missa admirar pessoas; e aplaudí-las e dizer: "de novo! de novo! maravilhoso!excelente!" Isso é adequado para um auditório, para um teatro."

"As passoas que estão discutindo a dança litúrgica deveriam usar o seu tempo rezando o Rosário (...) ou lendo um dos documentos do Papa sobre a Sagrada Eucaristia".



Agora eu pergunto! E ai o que chamam de forma indevida de dança Litúrgica é permito ou não?

Infelizmente vemos algumas comunidades novas como a Shalom, ou até mesmo alguns MEMBROS de movimentos como a Renovação Carismática Católica, entre outros ou algumas pastorais da igreja como PJ-PJMP que defende essas danças. Não quero julgar ninguém, mas faço o mesmo convite que o Cardeal fez, em vez que perde tempo querendo ignorantemente convencer a população de que a Dança "Litúrgica" - que de litúrgica não tem nada - é boa, é aceitada pela igreja, vamos gastar esse tempo levando os jovens ao Deus verdadeiro, a Jesus Eucarístico, no lugar de dizer que isso atrai a juventude, e digo como jovem que sou, que em nada me atrai, pelo contrario, as vezes afasta um pouco, não que eu vá sair da igreja por causa disso, não claro que não, nem sou protestante, essas danças cortam todo o sentido da Santa Missa!


Tentem imaginar isso, o Papa Bento XVI, ou São Cura D'Ars ou São Pe. Pio celebrando com essas danças... difícil neh? Os três tem a verdadeira visão da Santa Missa, São Pe. Pio dizia confirmando a doutrina da Igreja que a Missa é o continuo Sacrifício da Cruz, o próprio calvário, ai pergunto tinha algum cristão dançando enquanto Jesus morria? ele(Pe. Pio) também ensina como devemos assistir a Santa Missa dizia ele quando foi perguntado como devemos assistir a Santa Missa : "Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz. "! E ai você teria assistido como? Com piedade e contrição, ou dançando!?

Obs1: Mostrei a opinião oficial da Igreja, nada que venha de uma pessoa, ou de um padre ou bispo ou conferencia de Bispos, mas a visão de Roma, do vaticano, e esta deve ser respeita!

Obs2: Note que na epoca do video o Cardeal Arinze ainda era presidente da congregação, e a visão da mesma não mudou, ou seja, continua inadmissível a dança na LITURGIA, ou seja, não falo de apresentação que como o Cardeal falou podem ser feitas em outro lugar, por mais que ele fale somente em America do Norte para a proibição, mas a que ele classifica como aceitável é só para a África e a Ásia, mas como ele falou NÃO É DANÇA!

Para finalizar coloco uma frase de um doutor da igreja, Santo Agostinho!
"Roma locuta, causa finita"(Roma falou, a causa acabou)!




Romário Kionys de Freitas Dias
Escravo por Amor de Jesus em Maria

Para citar este artigo:
DIAS, Romário Kionys de Freitas. Dança Litúrgica pode? In: < http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 03.12.2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Carta ao Papa e Ano Mariano

[FonteCor Mariae]

Por: Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Penso que seja extremamente oportuna a iniciativa do meu querido irmão, Padre Rodrigo Maria, de suplicar ao Papa Bento XVI a graça de um novo Ano Mariano para 2012-2013.
Tenho ainda na lembrança as graças imensas que pude colher do Ano Sacerdotal que vivemos, por ocasião do aniversário de 150 anos da morte de São João Maria Vianney (Padroeiro dos Párocos), e que teve muitíssimos frutos de conversão na vida de tantos padres. Um novo Ano Mariano comemorando, em 2012-13, recordando os 25 anos do último ano mariano proclamado pelo servo de Deus o Papa João Paulo II e comemorando os 300 anos do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Montfort, seria um verdadeiro tempo de graça para a Santa Igreja de Deus.
O Ano Mariano em 2012 seria uma grande oportunidade de reavivar a Devoção a nossa Mãe Santíssima no coração dos católicos e  propagar a prática da Consagração Total a Ela, como é ensinado pelo próprio São Luis.
Seria uma forma muito prática de responder aos apelos que a Virgem Santíssima fez em Fátima (1917): “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Coração Imaculado. (…) Se fizerdes o que vos digo, muitas almas se salvarão e terão paz.”
Pois como diz o próprio São Luis, “foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio Dela que Ele deve reinar no mundo. (…) Por Ela Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” (“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, n. 1; 85)
Por estas razões, gostaria de me unir a esta iniciativa do Pe. Rodrigo Maria, e convidar você, caríssimo irmão e irmã, a enviar também a sua carta ao Santo Padre Bento XVI, através dos endereços que se encontram abaixo.


Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
——-
A Sua Santidade Bento XVI
Palazzo Apostolico
Città del Vaticano (Europe)


(Enviar cópia para:)
Ao Rev.mo Monsignore
Mons. Ettore Balestrero
Sotto-Segretario per i Rapporti con gli Stati
Segreteria di Stato
Città del Vaticano (Europe)
——–

Que reine em nossos corações o puro amor de Deus!


Aos católicos, movimentos, associações e a todos que ainda conservam a fé e acreditam no amor.
Caríssimos irmãos diante da situação dramática na qual se encontro o nosso mundo; tendo diante de nossos olhos o aumento da iniquidade, o avanço do mal, a destruição dos valores, a perca da fé e o esfriamento da caridade, somos impelidos a perguntar: Até quando isso continuará? O que podemos fazer para que tudo isso mude? Para que o mal seja superado e o amor volte a prevalecer? O que fazer para que Jesus seja mais conhecido, amado e adorado por todos?
Na verdade Deus já nos deu a resposta! Em meio a esta batalha espiritual O Senhor mesmo estabeleceu sua estratégia para esmagar a cabeça do inimigo, neutralizar a ação do mal. E estender seu reinado nos corações. Ele nos deu uma mãe!
O próprio Jesus consagrou a Igreja aos cuidados de sua mãe Santíssima (“Eis aí a tua mãe”, Jo 25,19), colocando-nos sob sua autoridade, fazendo de nós seus filhos na ordem da Graça, entendendo sua maternidade espiritual sobre todos os corações para que ela nos ensinasse a amar a Deus em verdade levando-nos a fazer tudo quanto Jesus mandou.
Em Fátima (1917) a Santíssima Virgem nos recordou a vontade de Deus e sua estratégia para vencer o inimigo em meio a esta guerra espiritual; Ela nos disse: “Meu filho quer estabelecer ao mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Eis o remédio para os nossos tempos! Uma verdadeira devoção a Santíssima Virgem. Uma devoção que nos coloque em seu colo, ou melhor, na escola de seu Imaculado Coração, onde devemos aprender o verdadeiro amor a Deus, tornando-nos cristãos autênticos, santos, a altura dos tempos difíceis em que vivemos. O mundo precisa de santos… e Deus determinou que estes fossem formados na escola do Imaculado Coração de sua Mãe Santíssima.
A Total Consagração é um meio privilegiado para se entrar no coração da Santíssima Virgem, pois por este meio, nós aceitamos livremente a maternidade espiritual de Nossa Senhora sobre nós, assumindo a condição de filhos como Jesus determinou. Se os cristãos conhecessem e vivessem a Total consagração a Santíssima Virgem, aprenderiam com a Mãe do Céu a amar a Deus e ao próximo como Jesus ensinou.


Jesus quer que se estabeleça no mundo a devoção ao coração de sua Mãe Santíssima. Como fazer?
Em 2012, o “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem” escrito por São Luís Grignion de Montfort completará 300 anos, dando – nos uma singular oportunidade para difundir a devoção ali tão sublimemente ensinada. A concretização deste desejo do coração de Jesus expresso por Nossa Senhora e Fátima, tomará grande impulso, se conseguíssemos junto Santo Padre a graça de um ano Mariano de 2012 a 2013. Pois a exemplo do que aconteceu no ano sacerdotal, toda Igreja se volta para meditar a pessoa e a missão da Santíssima Virgem, tal como apresenta o padre de Montfort que por sua vez, poderia ser apresentado como exemplo de devoção a Santíssima Virgem, e por isso mesmo, de amor a Jesus Cristo.
Irmãos, peçamos ao Santo Padre a Graça de um Ano Mariano em 2012 para que venha ao mundo o esperado Triunfo do Imaculado Coração de Maria e consequentemente o reinado de Jesus em cada coração. Falemos com todos para que enviem carta ao Santo Padre, o Papa, bem como para os cardeais; para os nossos bispos, padres, comunidades, associações e movimentos, pedindo a estes que façam o mesmo, ou seja, que envie ao Santo Padre e aos Cardeais um pedido para que em 2012 – 2013 sejam decretado Ano Mariano.
Segue em anexo um modelo de carta que foi enviada ao Santo Padre pedindo a Graça do Ano Mariano em 2012-2013.


Nos corações de Jesus e Maria,
Pe. Rodrigo Maria


Fraternidade Arca de Maria
——-
Recife, 21 de Setembro de 2010.

A Sua Santidade

Papa Bento XVI


Beatissime Pater,
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Desejosos de contribuir com o retorno da humanidade a Cristo e com a restauração da Fé entre os batizados, queremos suplicar a Vossa Santidade a graça da proclamação de um Ano Mariano em 2012-2013 , quando o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Grignion de Montfort completará 300 anos, bem como fará exatos 25 anos do último Ano Mariano que a Santa Igreja viveu (1987-1988), convocado pelo saudoso Papa João Paulo II.
A exemplo do que ocorreu no Ano Sacerdotal (2009-2010), quando toda  Igreja meditou sobre a natureza e importância do sacerdócio cristão – havendo sido proposta a figura de são João Maria Vianney como modelo para os sacerdotes – um Ano Mariano que propusesse a Total Consagração a Jesus por Maria seria ocasião para renovação espiritual de todo povo e incremento de uma nova evangelização .
A Total Consagração ou Santa Escravidão de amor, como é ensinada pelo padre de Montfort é de uma perene atualidade pastoral uma vez que é radicada na renovação das promessas batismais, tornando-se assim meio privilegiado para recuperação da consciência de nosso batismo, bem como de nossa vocação a bem-aventurança eterna.
A proclamação de um Ano Mariano para toda a Igreja tornar-se-ia também uma resposta positiva ao desejo de Nosso Senhor expresso por sua Mãe Santíssima aos pastorinhos de Fátima em 1917, a qual disse : “Meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.  De fato, a total consagração a Santíssima Virgem traduz muito bem aquela santa dependência que Jesus quis que tivéssemos para com sua Mãe Santíssima a fim de que na escola de seu Imaculado Coração aprendessemos a fazer bem tudo quanto Ele mandou.
Por ser completamente cristocêntrica a devoção à Santíssima Virgem como é proposta por São Luis de Montfort, encontrou no Papa João Paulo II um grande acolhimento, aprovação e recomendação, ao ponto de tornar-se sua dileta via espiritual, mostrando mais uma vez sua atualidade.
Santidade, tudo que os nossos dias precisam é de verdadeiros seguidores de Cristo, de homens e mulheres santas que vivam o seu batismo, que amem a Santa Igreja e a humanidade e que não tenham medo de crer e viver a fé. E não temos duvidas que estes devem ser formados na bendita escola do Imaculado Coração de Maria, pois foi Cristo quem por primeiro nos consagrou e nos confiou aos cuidados desta Mãe Santíssima a fim de que ela nos ensinasse a amar a Deus de verdade.
Padre Santo, estamos em continua oração por Vossa Santidade e por Sua missão.
Em espírito de filial submissão, de joelhos, pedimos Sua Bênção paternal.
Nos corações de Jesus e Maria,

Padre Rodrigo Maria

Fraternidade Arca de Maria

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A pomba, exemplo de sociabilidade e concórdia [A Unidade da Igreja - IX]

9 - A pomba, exemplo de sociabilidade e concórdia

(1) Por isto também o Espírito Santo desceu em forma de pomba [Mt 3,16; Mc 1,10], animal simples e alegre, sem amargura alguma de fel, incapaz de se enfurecer; não morde, não arranha com as unhas. Prefere as moradias dos homens e gosta de habitar numa mesma casa. Quando criam, as pombas cuidam dos filhotes juntamente, quando viajam, voam pertinho umas das outras. Passam o tempo em tranqüilos arrulhos, manifestam a concórdia e a paz beijando-se no rosto. Enfim, em todas as coisas seguem a lei da boa harmonia.

(2) Esta é a simplicidade que deve reinar na Igreja, essa a caridade que devemos realizar: o amor fraternal imite as pombas, a mansidão e a brandura sejam iguais às dos cordeiros e das ovelhas.

(3) Como podem estar no coração de um cristão a ferocidade dos lobos, a raiva dos cães, o veneno mortífero das serpentes ou a crueldade sanguinária das feras?

(4) Devemos alegrar-nos quando os que têm esses sentimentos se separam da Igreja. Assim as pombas e as ovelhas de Cristo não serão contagiadas pela sua maldade e pelo seu veneno. Não podem conciliar-se e juntar-se amargura e doçura, trevas e luz, chuva e céu sereno, guerra e paz, esterilidade e fecundidade, secura e manancial, tempestade e bonança.

(5) Não acreditem que os bons possam deixar a Igreja: não é o trigo que o vento carrega, o furacão não arranca as árvores que têm sólidas raízes. Ao contrário são as palhas vazias que a tormenta agita, são as árvores vacilantes que a força dos turbilhões abate. Contra esses o apóstolo São João manifesta a sua repulsa, dizendo: "Saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, sem dúvida teriam ficado conosco" (1Jo 2,19).

S. CYPRIANUS CARTHAGINENSIS

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O arranjo Beneditino

Por Samuel Érico






O arranjo Beneditino recebe esse nome por causa de Sua Santidade o Papa Bento XVI, já que o mesmo tem Celebrado o Santo Sacrifício da Missa com os castiçais e um crucifixo, que fica de frente Para o Sacerdote, sobre o altar (ver foto). O Sucessor de Pedro quando ainda Cardeal em seu livro o Introdução ao Espirito da Liturgia, falava sobre a importância da Celebração, mesmo no Rito de Paulo VI, ser de frente para o Cristo (Versus Deum). Uma Liturgia que se volta somente para o povo fica fechada nela mesma e se torna um circulo fechado, sem horizontes, sem uma meta, que deve ser o Céu. Então com o ornamento como o do Vigário de Cristo, mesmo que o Mistério seja Celebrado Versus Populum (de frente para o povo) também será celebrado Versus Deum, uma vez que o Sacerdote tem de frente pra ele o Crucificado. Na Diocese de Mossoró enquanto eu preparava o altar para o Santo Sacrifício da Missa com o arranjo como o do Santo Padre, o Sacerdote que celebraria aquela Missa questionou se a cruz e as velas a frente não tirariam a visão do povo para a Eucaristia, hoje esse questionamento me faz lembrar Ratzinger que falando sobre o Assunto disse que a Eucaristia não se sente incomodada com a Cruz de Cristo Senhor Nosso, umas vez que a Eucaristia é o Próprio Senhor. E aqui no Per Ecclesiae Unitate incentivamos o uso do arranjo, afim de que o Rito de Paulo VI seja Celebrado com dignidade, em união ao Santo Padre, que os Sacerdotes vivam o Mistério com toda intensidade de suas almas, deixando de ter o povo como centro e passando a colocar o Senhor no Centro como Primogênito entre todas as coisas (Col 1, 15), e que os fiéis adorem a Real Presença do Senhor Nesse Tão Sublime Sacramento do Amor.



Essa forma com a qual Dom Guido Marine, Cerimoniário do Papa, tem ornado o Altar, vem atraindo muitos seguidores em diversas partes do mundo, leigos, Padres e Bispos espalhados em todos os cantos da Terra. Na cidade de Mossoró há cerca de dois anos na capela do Espírito Santo vem sendo usado o arranjo. E no ultimo dia 16 de julho, Festa da Aparição de Nossa Senhora do Carmo, após um dia inteiro de apostolado sobre a Santa Escravidão de Amor a Jesus Senhor através da Sua Mãe Maria Santíssima, houve a Santa Missa de consagração daqueles que vinham se preparando, com arrumação do Altar conforme a do Vigário de Cristo. As formações foram dadas pela Comunidade Mariana Totus Tuus, que também preparou a Celebração Eucarística. O Sacerdote Celebrante foi o Escravo da Jesus em Maria, Padre João Batista, pároco da Paroquia de São Paulo Apóstolo em Mossoró. Normalmente não é essa a arrumação do Altar na Igreja, Dedicada a Nossa Senhora da Conceição, no cotidiano usam-se dois castiçais modesto com detalhes em madeira, mas na mesma havia castiçais de metal na cor dourada e um crucifixo com o mesmo material.


Então foi com esses que estavam guardados e que há tempos não eram utilizados, que se ornou o Altar para aquela Celebração. Como pode-se ver na fotos abaixo foram quatro castiçais e um Crucifixo ao meio, virado para o celebrante. A saber, usa-se dois castiçais em dias normais, quatro em festas e memórias, seis em solenidades, setes quando o Bispo Ordinário Celebra ou se trata de grandes Solenidades como Páscoa, mas nunca uma única vela ou até mesmo o Círio substituindo-a.
O altar deve ser coberto pelo menos com uma toalha de cor branca. Sobre o altar ou perto dele, dispõem-se, em qualquer celebração, pelo menos dois castiçais com velas acesas, ou quatro ou seis, sobretudo no caso da Missa dominical ou festiva de preceito, e até sete, se for o Bispo diocesano a celebrar. Igualmente, sobre o altar ou perto dele, haja uma cruz, com a imagem de Cristo crucificado. Os castiçais e a cruz ornada com a imagem de Cristo crucificado podem ser levados na procissão de entrada. (Parágrafo 117 da Instrução Geral do Missal Romano)


Nós do Per Ecclesiae Unitate reforçamos o apoio a Sua Santidade o Papa Bento XVI, Que mesmo cansado e atacado por todos os lados inclusive de dentro da Igreja, consiga mostrar o que é melhor para a sua Igreja. Alguns “liturgistas” zombam do seu Pastor, dizem nem se vê mais o Papa nas Missas por ter tantas velas na frente, não entendem que ao contrario dos “Fábios de Melo” o Sucessor de Pedro sabe que o centro do Sacerdócio é Cristo e deve ser ele o Centro da Missão, sobretudo Litúrgica. Esse arranjo não quer trazer uma nostalgia e uma memória do passado, mas ao certo o que se encontra no desejo do Santo Padre em tomar decisões como essa e como a de dar a Comunhão na Língua, é de que se deixem de lado os abuso contra a Eucaristia, que se lembre que onde vemos e sentimos gosto de pão e vinho aí está Cristo Humilde em Seu Corpo e Sangue para remir Nossos pecados, nossa culpa que nos trouxe tão grande Salvador. Adoremos a Cristo mais e mais no Santíssimo Sacramento do Altar, e peçamos por vocações Sacerdotais Santas, que queiram diminuir para que Cristo apareça, e que Façam sem hesitar a Vontade do Santo Padre, que é a mesma de Cristo.

San Pio X, Ora por Nobis.
San Padre Pio, Ora por Nobis.
Mater Santissimum Sacramentum, Ora por nobis.


SOUSA, Antônio Samuel Érico de. O Arranjo Beneditino. In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/>12.10.2010

Samuel Érico tem 20 anos, é noivo, acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Universidade Potiguar, a 6 anos teve uma experiência com Deus através da Renovação Carismática Católica, atualmente é membro da Comunidade Mariana Totus Tuus que tem como missão propagar no mundo verdadeira devoção a Santíssima Virgem, exerce seu apostolado Católico dando formações sobre temas diversos da Santa Igreja, junto com alguns amigos se dedica ao estudo informal da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia e é co-editor deste blog.

sábado, 10 de julho de 2010

O zelo pelo Tesouro da Igreja


Por Igor Ramon
 
O grande tesouro da Igreja se encerra no Santíssimo Sacramento, ela "vive da Eucaristia" (ECCLESIA DE EUCHARISTIA, 1), de fato não poderia ela viver de outra coisa, ela tem na Eucaristia sua fonte e seu fim. A palavra Igreja, per si, não faria sentido sem esse Sacramento da Unidade do qual surge todos os outros, nos seis outros sacramentos Deus está presente, na Eucaristia 'Deus É'. (Cf. Ex 3,14; Mt 26,26) Diante da grandeza desse 'Tão sublime Sacramento' seria um tanto redundante dizer que devemos ter por Ele o máximo de zelo e respeito, como afirma São João Crisóstomo "Se alguém perder uma partícula do corpo de Deus, é melhor perder uma parte do seu corpo", mas diante de uma humanidade perversa, incrédula e insensível a presença de Cristo, a Igreja precisa de maneira perene dar testemunho de sua fé nessa doce presença.
A Igreja vive hoje um tempo de muitos tormentos (Cf. Cat. 675-677), aos poucos o 'mistério da iniquidade' é desvendado (Cf. 2Ts 2,4-12), em meio a tanta apostasia, o Anticristo se manifesta principalmente através da perseguição a Santa Igreja e profanação ao seu Santíssimo Sacramento, não raramente ouvimos falar de Sacrários sendo abertos, o Pão Eucarístico sendo levado das Igrejas com fins sacrílegos, tantas comunhões indignas e não menos sacrílegas e tantos outros abusos que e tentam obscurecer majestade de Cristo. É preciso entender que a missão de zelar pelos divinos mistérios não é somente dos Pastores (entenda-se padres, bispos et cetera), mas que cada leigo deve ser um soldado no exército da Santa Igreja para impedir que Jesus seja, aqui na terra, despojado de sua glória celeste sublimemente manifestada no Santíssimo Sacramento.
 
Para citar este artigo:
SILVA, Igor Ramon. O zelo pelo Tesouro da Igreja. In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 10.07.2010
 
Igor Ramon tem 19 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Direito pela Faculdade Mater Christi, desde 2005 faz parte Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró, onde exerce Ministério de Pregação e Formação, é coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, também se dedica a edição e publicação de artigos em blogs.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Assim nasce uma mentira

Por Gustavo Souza

Desde que o Cardeal Joseph Ratzinger se tornou Papa Bento XVI, multiplicaram-se as acusações e insinuações maldosas sobre a sua pessoa e sobre pessoas a ele ligadas. Entre as associações mais graves, recorrentes e injustas está a que o vincula à Juventude Nazista, que apoiava o regime de Adolph Hittler. O simples fato de ser natural da Alemanha rendeu ao Pontífice muitas críticas absurdas. Foi reportando-se a isso que o Andrea Tornielli publicou uma foto interessantíssima (já conhecida de alguns) em que fica clara a desonestidade dos algozes do Papa: elaboraram uma montagem [tosca, mas astuta] para apresentar o jovem Padre Ratzinger fazendo a tradicional saudação nazista. Na realidade, o neosacerdote abençoava o povo ao lado de seu irmão Georg Ratzinger… Pois é, meus caros, assim nasce uma mentira!















Retirado do blog Erguei-vos: http://exsurge.wordpress.com/

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A problemática do Sincretismo Religioso na Liturgia


Ao falar sobre Liturgia no Brasil, é impossível não lembrar também de sincretismo religioso, sobretudo em algumas Dioceses do Norte-Nordeste. Muitos Bispos, infelizmente, aceitam as misturas do que é Sagrado com o que tem origem puramente pagã. Não se pode pensar que é licita qualquer forma de inculturação, somente por que o Bispo ou o Sacerdote da paróquia aceita, nem tão somente por que se inclui somente elementos da cultura. Em alguns poucos países essas tentativas deram certo ao ponto serem aprovados pela Santa Sé, mas essa é uma minoria.
Em nosso país, ao contrario do que muitos pensam, e até mesmo afirmam em reuniões ou até mesmo em Homilias, quase tudo o que se pratica é de forma ilícita, sem nenhuma piedade, e muito menos doutrina, o que predomina é um suposto zelo pela Comunidade Eclesial. No Brasil as aprovações são para o uso da túnica de cor neutra (bege ou cinza, e da estola sem casula sobre a alva ou túnica, das respostas na Oração Eucarística, mas as baboseiras que vemos alguns Sacerdotes praticarem como, usar prato ou algum vaso de vidro ou barro, para distribuir a Sagrada Comunhão, uso de atabaques e tantos outros instrumentos de cultura pagã africana, ou tantas outras coisas que reduzem o mistério da Sagrada Liturgia, não são de forma alguma aprovadas pela Santa Igreja, e não estão no âmbito do que pode ou não ser aprovado por um Bispo. Por isso, assim como já havia feito o Papa João Paulo II em ocasião de visita Ad Limina dos Bispos do Regional Nordeste III em 1997, agora Sua Santidade o Papa Bento XVI em encontro Ad Limina com Bispos dos Estados do Amapá e Macapá os advertiu a respeito do Sincretismo, por isso trazemos aos leitores desse blog uma publicação do Zenit sobre a Reunião na quinta-feira dia 15 de abril de 2010. Que a ignorância ou teimosia daqueles que ainda abusam da Liturgia possa cessar, e que, pela intercessão de São Pio X e da Mãe de Deus, se viva uma verdadeira Liturgia em cada Missa celebrada em nossa Diocese e em nosso País.
Papa adverte contra sincretismo na Liturgia
15/03/2010 Papa adverte contra sincretismo na Liturgia
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 15 de abril de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI advertiu nessa quinta-feira que aqueles que, em nome da inculturação, decaem no sincretismo estão distantes da verdadeira liturgia cristã.
O Papa falou a bispos do norte do Brasil (Estados do Pará e Amapá), recebidos em audiência no contexto da visita ad Limina Apostolorum.
Em seu discurso, Bento XVI enfatizou sua preocupação “por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados”.
O pontífice reconheceu que “uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério”.
Isso “sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor”.
“Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar”, disse o Papa.
Bento XVI enfatizou que “se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora”.
“Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa”, disse.
O Papa assinalou, citando João Paulo II, que o mistério eucarístico “é um dom demasiado grande para suportar ambiguidades e reduções, particularmente quando, despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa”.
Bento XVI considera que uma das razões dessa descaracterização está numa “mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem”.
“A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.”
Mas – prossegue o Papa – o culto “não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo”.
“A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz. A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro”, afirmou o pontífice.
Disponível em: http://www.zenit.org/article-24604?l=portuguese

Para citar este artigo:
SOUSA, Antônio Samuel Érico de; SILVA, Igor Ramon. A problemática do Sincretismo Religioso na Liturgia. In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 13.02.2010

Samuel Érico tem 20 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Universidade Potiguar, a 6 anos teve uma experiência com Deus através da Renovação Carismática Católica, atualmente é membro da Comunidade Mariana Totus Tuus que tem como missão propagar no mundo verdadeira devoção a Santíssima Virgem, exerce os ministérios de Pregação e Formação, junto com alguns amigos se dedica ao estudo informal da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia e é co-editor deste blog.
Igor Ramon tem 19 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Faculdade Mater Christi,  faz parte Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró a 4 anos, onde exerce Ministério de Pregação e Formação, é coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, também se dedica a edição e publicação de artigos em blogs.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Catequese de Santo Irineu em tempos de perseguição: refrigério para a Igreja.


Em algum momento haveria de me expressar como colaborador desse blog tão produtivo, para a Santa Igreja. Como infiel servo de Deus, para começar minhas postagens com chave de ouro, trago as palavras de um grande homem que nos enriquecerá o amor eucarístico, diante de tanta perseguição que a Igreja sofre, somente o alimento da alma para nos manter firmes diante da grande tribulação, o texto é de Santo Irineu, proposto pela Liturgia das Horas de hoje no Oficio das Leituras.
Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

(Lib. 5,2,2-3:SCh153,30-38)     (Séc.I)

A Eucaristia, penhor da ressurreição
 
Se não há salvação para a carne, também o Senhor não nos redimiu com o seu sangue. Sendo assim, nem o cálice da eucaristia é a comunhão do seu sangue nem o pão que partimos é a comunhão do seu corpo. O sangue, efetivamente, procede das veias, da carne, e do que pertence à substância humana. Essa substância, o Verbo de Deus assumiu-a em toda a sua realidade e por ela nos resgatou com o seu sangue, como afirma o Apóstolo: Pelo seu sangue, nós fomos libertados. Nele, as nossas faltas são perdoadas (Ef 1,7).
Nós somos seus membros e nos alimentamos das coisas criadas que ele próprio nos dá, fazendo nascer o sol e cair a chuva segundo sua vontade. Por isso, o Senhor declara que o cálice, fruto da criação, é o seu sangue, que fortalece o nosso sangue; e o pão, fruto também da criação, é o seu corpo, que fortalece o nosso corpo.
Portanto, quando o cálice de vinho misturado com água e o pão natural recebem a palavra de Deus, transformam-se na eucaristia do sangue e do corpo de Cristo. São eles que alimentam e revigoram a substância de nossa carne. Como é possível negar que a carne é capaz de receber o dom de Deus, que é a vida eterna, essa carne que se alimenta com o sangue e o corpo de Cristo e se torna membro do seu corpo?
O santo Apóstolo diz na Carta aos Efésios: Nós somos membros do seu corpo (Ef 5,30), da sua carne e de seus ossos (cf. Gn 2,23); não é de um homem espiritual e invisível que ele fala – o espírito não tem carne nem ossos (cf. Lc 24,39) – mas sim do organismo verdadeiramente humano, que consta de carne, nervos e ossos, que se nutre com o cálice do seu sangue e se robustece com o pão que é seu corpo.
O ramo da videira plantado na terra, frutifica no devido tempo, e o grão de trigo, caído na terra e dissolvido, multiplica-se pelo Espírito de Deus que sustenta todas as coisas. Em seguida, pela arte da fabricação, são transformados para uso do homem. Recebendo a palavra de Deus, tornam-se a eucaristia, isto é,o corpo e o sangue de Cristo. Assim também os nossos corpos, alimentados pela eucaristia, depositados na terra e nela desintegrados, ressuscitarão a seu tempo, quando o Verbo de Deus lhes conceder a ressurreição para a glória do Pai. É ele que reveste com sua imortalidade o corpo mortal e dá gratuitamente a incorruptibilidade à carne corruptível. Porque é na fraqueza que se manifesta o poder de Deus.

Para citar este artigo:

SOUSA, Antônio Samuel Érico de. Catequese de Santo Irineu em tempos de perseguição: refrigério para a Igreja. In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 23.04.2010

Samuel Érico tem 20 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Universidade Potiguar, a 6 anos teve uma experiência com Deus através da Renovação Carismática Católica, atualmente é membro da Comunidade Mariana Totus Tuus que tem como missão propagar no mundo verdadeira devoção a Santíssima Virgem, exerce os ministérios de Pregação e Formação, junto com alguns amigos se dedica ao estudo informal da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia e é co-editor deste blog.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Igreja é contigo, doce Cristo na terra!

Este blog vem pela primeira vez manifestar o seu repúdio a onda de perseguição difamatória contra Igreja, na pessoa do Vigário de Cristo. Sem ter muito a falar, transcrevo as palavras do Cardeal Sodano dirigidas a Sua Santidade, por ocasião do Domingo de Páscoa:

"A liturgia da Igreja convida-nos a uma santa alegria. Mesmo se cai a chuva nesta histórica praça, o sol resplandece nos nossos corações. Nós nos unimos a Vossa Santidade, rocha indefectível da santa Igreja de Cristo. A Vossa Santidade somos profundamente gratos por sua fortaleza de ânimo e pela coragem apostólica. Nós admiramos o seu grande amor e o modo como, com coração de pai, faz suas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens, atualmente sobretudo dos pobres e dos sofredores.
Hoje, através de mim, toda a Igreja deseja augurar-lhe boa Páscoa. A Igreja está com Vossa Santidade, os cardeais, os seus colaboradores da Cúria romana, os irmãos bispos espalhados pelo mundo.
Particularmente com Vossa Santidade nestes dias estão os 400 mil sacerdotes que servem o Povo de Deus nas paróquias, nos oratórios, nas escolas, nos hospitais, nas forças armadas e nos numerosos outros ambientes, como também nas missões nas mais remotas partes do mundo.
Com Vossa Santidade está todo o Povo de Deus, que não se deixa impressionar por mexericos do momento e pelas provas que de vez em quando atingem a comunidade dos crentes.
Jesus havia dito: “No mundo tereis tribulações; mas tende coragem: eu venci o mundo!”
Padre Santo, nós procuraremos guardar suas palavras nesta Solenidade pascal e rezaremos por Vossa Santidade, para que o Senhor continue a sustentá-lo na sua missão a serviço da Igreja e do próprio mundo!
Feliz Páscoa, Padre Santo! A Igreja é contigo, doce Cristo na terra!"



Para citar este artigo:
SILVA, Igor Ramon. A Igreja é contigo, doce Cristo na terra. In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 09.04.2010

Angelo Cardeal Sodano nasceu em Isola d'Asti na Itália, aos 23 de novembro de 1927. É  Decano do Colégio Cardinalício.  Tendo sido Secretário para as Relações com os Estados e Secretário de Estado da Santa Sé.

Igor Ramon tem 19 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Faculdade Mater Christi,  faz parte Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró a 4 anos, onde exerce Ministério de Pregação e Formação, é coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, também se dedica a edição e publicação de artigos em blogs.

Polêmica: Igreja X Pedofilia

Nesses últimos dias, temos visto e ouvido nos diversos seguimentos da Imprensa, notícias sobre as atitudes desumanas de alguns padres católicos envovidos em casos de pedofilia, principalmente, no Continente europeu e nos Estados Unidos. O que é revoltante é a idéia de certos jornalistas feroz e anti-católicos quererem, a qualquer custo, difamar a Igreja Católica e, em especial, o Papa Bento XVI.

A situação dessa parte da imprensa descomprometida com a verdade chega a ser crítica quando ela não procura se ter uma visão mais verídica se ateando somente ao sensacionalismo, provocando polêmicas desnecessárias e atigindo diretamente a fé de muitos. Esses pseudos-jornalistas chegam ao seu limite quando noticiam casos ocorridos há mais de trinta anos e são relembrados como forma de originar escândalos, transpassando como se fossem ocorrências recentes, onde denúncias são tornadas públicas de forma leviana contra o Sumo Pontífice para tentar passar uma imagem de Criminoso, como se fosse ele o responsável por tais atos vergonhosos ou como se a Igreja Católica apoiasse os culpados.

Todos sabemos que a Pedofilia é algo moralmente inaceitável. O fato é que muitos que querem sustentar o seu emprego como “jornalista” deseja, ardentemente, confundir a Pessoa do Papa Bento XVI. Fazem, com isso, que a sua popularidade como Pastor supremo dos Cristãos caia por terra provocando uma visão errada aos olhos da pessoa, seja ela de que religião for.

Só para comprovar o descompromisso com a notícia “de fato” desses jornalistas medíocres, é interessante e louvável citarmos a belíssima Carta do Papa Bento XVI à população da Irlanda. Com esse ATO corajoso e cristão, Sua Santidade uniu o seu sofrimento com o das vítimas daquele país e pediu perdão pelos crimes cometidos por padres católicos. Mas a imprensa descomprometida não se aprofundou nessa dolorosa, mas valente, atitude do Pontífice.

Um jornalismo mais sério e responsável, ao contrário, deveria saudar a atitude do Santo Padre, que não hesitou em escrever uma carta plena de coragem e dignidade ao clero irlandês, condenando os abusadores naquele país, pedindo perdão às vítimas e esperando que a justiça cumpra o seu papel. A atitude corajosa do Sumo Pontífice nem de longe tem sido acompanhada pela maior parte dos jornalistas e dos críticos, incapazes de separar a visão anti-católica da verdade criminal.

O que essa parte da Imprensa quer é criar polêmica. E só se cria polêmica quando difama a Igreja Católica, a única instituição séria e capaz de dar uma resposta precisa sobre fé e moral. Se, realmente, estivessem cientes do que é JORNALISMO VERDADEIRO, eles noticiavam isso:

Na Alemanha foi comprovado que houve , desde 1995, 210 mil denúncias de abusos a menores. Dessas 210 mil, 300 envolveram de alguma forma padres católicos. Ou seja, menos de 0,2%.

Isso significa que, por serem poucos, esses casos devem ser minimizados? Longe disso. Já disse e repito: um único caso que seja de pedofilia é sempre vergonho e imperdoável.

O problema é que se está procurando partir de casos isolados para engrossar uma campanha de descrédito e de infâmia contra a Igreja Católica e seus dignitários, tornando mais profundo o difuso anti-catolicismo ocidental que já vai se tornando um dos inexplicáveis fenômenos do nosso tempo.

Nos Estados Unidos, onde as estatísticas têm mais credibilidade, já se constatou que a presença de pedófilos, é de duas a dez vezes mais alta entre os pastores protestantes do que entre os padres católicos. De qualquer forma, muito maior que o envolvimento de líderes religiosos (católicos ou protestantes) é, por exemplo, o de professores de ginástica e treinadores de equipes esportivas juvenis, muitos deles casados.

Da mesma forma, relatórios periódicos do governo norte-americano indicam que cerca de dois terços dos abusos sexuais contra crianças não vêm de estranhos ou de educadores, sejam eles padres ou pastores, mas de familiares – padrinhos, tios, primos, irmãos e, infelizmente, até pais, muitos deles também casados.

Esses dados vêm derrubar a opinião de alguns anti-católicos, que tentam atribuir ao celibato a causa do problema. Uma atitude mais séria e responsável recomendaria um estudo mais profundo para lhe descobrir as origens e criar no seio da sociedade os mecanismos capazes de preveni-lo. Exatamente o contrário do que tem sido feito, buscando-se cobrir de desonra a Igreja Católica, cuja doutrina abraça os melhores valores da nossa civilização.

E fiquemos cientes de que o Papa Bento XVI sempre agiu, e está agindo, com rigorosidade e justiça para com esses casos imorais, cuja nenhuma falsa acusação sem provas e argumentos irá abalá-lo.

Rezemos por mais uma difamação PASSSAGEIRA que estão fazendo contra a Igreja. É Passageira, pois bem sabemos que, contra a Igreja Católica, “…nem as portas do Inferno prevalecerão contra ela” (Mateus 16, 18).

E, claro, neste ano sacerdotal, supliquemos pelas almas desses padres que não honram a sua missão e pelos que tomam para si o exemplo de Cristo e cumpri o seu sacerdócio com santidade.


Retirado do Blog da Capela de Santo Antônio, a pedido do amigo Edmiray Bezerra.

sábado, 27 de março de 2010

E se a Campanha da Fraternidade se chamasse Campanha da Conversão?


            Essa não é primeira vez que abordo esse tema nas minhas postagens, não me cansarei de falar, uma vez que todo ano a mesma realidade se repete, o sentido verdadeiro da Quaresma é deturpado e desvirtuado por uma campanha que pode até fazer um certo bem para a sociedade, mas que pouco tem feito nas almas dos fiéis que precisam encontrar na Quaresma um tempo favorável de conversão, oração, jejum e penitência. Este tem é acima de tudo um tempo para se falar e pensar em realidades do Céu e não em temas secularizados e que, em muitos casos, camuflam certas intenções comunistas.


            Aqui na blogsfera, eu não sou o primeiro nem serei o último a me manifestar a respeito da CF, já li bons artigos e vi bons vídeos que fazem uma leitura crítica que eu chegam a conclusões terríveis a respeito de tal campanha. Destaco os seguintes:
·         Campanha da Fraternidade converte?
·         O Materialismo da Campanha da Fraternidade.
·         Artigo do Puggina: Erros da Campanha da Fraternidade.
            Os apelos e exortações quaresmais já começam na Quarta-Feira de Cinzas, onde somos convidados a rasgar nossos corações e não nos vestes, a nos converter, a crermos no Evangelho, a lembrarmos de que somos pó e para pó nós voltaremos. Esses apelos são, em muitos casos, deixados em segundo plano, uma vez que o tema subjetivo, fraco e nada espiritual da CF passa a ocupar um lugar de destaque na celebração, isso repete em todas as outras celebrações dominicais até a Missa do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, onde sempre tem alguém para te lembrar: “Hoje é o dia da Coleta Nacional. Trouxe o dinheiro?” Que tristeza ver o dinheiro ocupando um lugar tão importante na cabeça das pessoas no dia que somos convidados a celebrar a entrada triunfal de Nosso Senhor em Jerusalém e sua Paixão e Morte de Cruz. Também não são rara as vezes que ouvimos o Hino da CF ser executado em pleno o Tríduo Pascal, mesmo depois de encerrada a campanha continua fazendo um efeito negativo na Igreja.


            Diretório da Liturgia de 2007, na página 63 diz: “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil promove, todos os anos, durante a Quaresma e Semana Santa, a Campanha da Fraternidade, cuja finalidade principal é promover a evangelização entre os fiéis” e o Senhor nos diz em Mt 7,17.20: “Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. Pelos seus frutos os conhecereis.” A partir disso nos vem à pergunta: Que frutos essa campanha tem dado para evangelização dos fiéis?


            Sonho com o dia em que os padres vão obedecer ao Papa e respeitar a Liturgia, os bispos vão cumprir de fato com sua missão profética, que os leigos vão tomar consciência de sua missão e cooperar com os pastores, o dia em que utopia comunista - repudio a ideia de chamar isso de teologia - vai perder força dentro da e Igreja e que “Campanha da Fraternidade” vai se chamar Campanha da Conversão.


Para citar este artigo:


SILVA, Igor Ramon. E se a Campanha da Fraternidade se chamasse Campanha da Conversão? In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 27.03.2010


Igor Ramon tem 19 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Faculdade Mater Christi,  faz parte Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró a 4 anos, onde exerce Ministério de Pregação e Formação, é coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, também se dedica a edição e publicação de artigos em blogs.