Ao falar sobre Liturgia no Brasil, é impossível não lembrar também de sincretismo religioso, sobretudo em algumas Dioceses do Norte-Nordeste. Muitos Bispos, infelizmente, aceitam as misturas do que é Sagrado com o que tem origem puramente pagã. Não se pode pensar que é licita qualquer forma de inculturação, somente por que o Bispo ou o Sacerdote da paróquia aceita, nem tão somente por que se inclui somente elementos da cultura. Em alguns poucos países essas tentativas deram certo ao ponto serem aprovados pela Santa Sé, mas essa é uma minoria.
Em nosso país, ao contrario do que muitos pensam, e até mesmo afirmam em reuniões ou até mesmo em Homilias, quase tudo o que se pratica é de forma ilícita, sem nenhuma piedade, e muito menos doutrina, o que predomina é um suposto zelo pela Comunidade Eclesial. No Brasil as aprovações são para o uso da túnica de cor neutra (bege ou cinza, e da estola sem casula sobre a alva ou túnica, das respostas na Oração Eucarística, mas as baboseiras que vemos alguns Sacerdotes praticarem como, usar prato ou algum vaso de vidro ou barro, para distribuir a Sagrada Comunhão, uso de atabaques e tantos outros instrumentos de cultura pagã africana, ou tantas outras coisas que reduzem o mistério da Sagrada Liturgia, não são de forma alguma aprovadas pela Santa Igreja, e não estão no âmbito do que pode ou não ser aprovado por um Bispo. Por isso, assim como já havia feito o Papa João Paulo II em ocasião de visita Ad Limina dos Bispos do Regional Nordeste III em 1997, agora Sua Santidade o Papa Bento XVI em encontro Ad Limina com Bispos dos Estados do Amapá e Macapá os advertiu a respeito do Sincretismo, por isso trazemos aos leitores desse blog uma publicação do Zenit sobre a Reunião na quinta-feira dia 15 de abril de 2010. Que a ignorância ou teimosia daqueles que ainda abusam da Liturgia possa cessar, e que, pela intercessão de São Pio X e da Mãe de Deus, se viva uma verdadeira Liturgia em cada Missa celebrada em nossa Diocese e em nosso País.
Papa adverte contra sincretismo na Liturgia
15/03/2010 Papa adverte contra sincretismo na Liturgia
Disponível em: http://www.zenit.org/article-24604?l=portugueseCIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 15 de abril de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI advertiu nessa quinta-feira que aqueles que, em nome da inculturação, decaem no sincretismo estão distantes da verdadeira liturgia cristã.
O Papa falou a bispos do norte do Brasil (Estados do Pará e Amapá), recebidos em audiência no contexto da visita ad Limina Apostolorum.
Em seu discurso, Bento XVI enfatizou sua preocupação “por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados”.
O pontífice reconheceu que “uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério”.
Isso “sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor”.
“Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar”, disse o Papa.
Bento XVI enfatizou que “se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora”.
“Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa”, disse.
O Papa assinalou, citando João Paulo II, que o mistério eucarístico “é um dom demasiado grande para suportar ambiguidades e reduções, particularmente quando, despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa”.
Bento XVI considera que uma das razões dessa descaracterização está numa “mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem”.
“A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.”
Mas – prossegue o Papa – o culto “não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo”.
“A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz. A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro”, afirmou o pontífice.
Para citar este artigo:
SOUSA, Antônio Samuel Érico de; SILVA, Igor Ramon. A problemática do Sincretismo Religioso na Liturgia. In: <http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 13.02.2010
Igor Ramon tem 19 anos, é acadêmico do Curso de Graduação em Administração pela Faculdade Mater Christi, faz parte Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró a 4 anos, onde exerce Ministério de Pregação e Formação, é coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, também se dedica a edição e publicação de artigos em blogs.
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