segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quando a Liturgia se volta para o culto do homem.

QUANDO A LITURGIA SE VOLTA PARA O CULTO DO HOMEM

Pelo então Cardeal Ratzinger



QUANDO A LITURGIA SE TORNA MERA BRINCADEIRA


“A história do bezerro de ouro alerta para um culto autocrático e egoísta em que, no fundo, não se faz questão de Deus, mas sim em criar um pequeno mundo alternativo por conta própria. Aí, então a Liturgia se torna mera brincadeira. Ou pior: ela significa o abandono do Deus verdadeiro, disfarçado debaixo de um tampo sacro.” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.16)

“Este culto torna-se uma celebração da comunidade para com ela própria; ele é uma auto-afirmação. A adoração de Deus torna-se num rodopio em volta de si próprio: o comer, o beber, o divertir-se; A dança em volta do bezerro de ouro é a imagem do culto à procura de si, tornando-se numa espécie de auto-satisfação frívola.” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.16)




QUANDO SE TORNA CELEBRAÇÃO DE SI


Cada vez menos é Deus que se encontra em destaque, cada vez mais importância ganha tudo o que as pessoas aqui reunidas fazem e que em nada se querem submeter a um “esquema prescrito”. O sacerdote que se volta para a comunidade forma, juntamente com ela, um círculo fechado em si. A sua forma deixou de ser aberta para cima e para frente; ela encerra-se em si própria. Voltar-se em conjunto para o Oriente, não era uma “celebração da parede” e não significava do sacerdote “virar costas ao povo”: no fundo, isso não tinha muita importância. Porque da mesma maneira como as pessoas na Sinagoga se voltavam para Jerusalém, elas voltavam-se aqui em conjunto “para o Senhor”. (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.59)


“Considero as inovações mais absurdas das últimas décadas aquelas que põem de lado a cruz, a fim de libertar a vista dos fiéis para o sacerdote. Será que a cruz incomoda a eucaristia? Será que o sacerdote é mais importante do que o Senhor” (RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.62)




QUANDO VIRA DIVERSÃO DE GÊNERO RELIGIOSO

“A dança não é uma forma de expressão cristã. Já no século III, os círculos gnósticos-docéticos tentaram introduzi-la na Liturgia. Eles consideravam a crucificação apenas como uma aparência: segundo eles, Cristo nunca abandonou o corpo, porque nunca chegou a encarnar antes de sua paixão; consequentemente, a dança podia ocupar o lugar da Liturgia da Cruz, tendo a cruz sido apenas uma aparência. As danças cultuais das diversas religiões são orientadas de maneiras variadas, invocação, magia analógica, êxtase místico; porém, nenhuma dessas formas corresponde à orientação interior da Liturgia do “sacrifício da Palavra”. É totalmente absurdo, na tentativa de tornar a Liturgia “mais atraente”, recorrer a espetáculos de pantominas de dança, possivelmente com grupos profissionais, que muitas vezes, terminam em aplauso. Sempre que haja aplauso pelos aspectos humanos na Liturgia, é sinal de que a sua natureza se perdeu inteiramente, tendo sido substituída por diversão de gênero religioso.(RATZINGER, Joseph. Introdução ao Espírito da Liturgia. Paulinas: Prior Velho (Portugal), 2006, p.147)


Joseph Cardeal Ratzinger foi elevado ao Colégio Cardinalício no ano de1977 no pontificado do Papa Paulo VI. Em 1981, foi nomeado prefeito da Congregação para Doutrina da Fé pelo Papa João Paulo II, cargo esse que exerceu até o fim do pontificado desse Santo Padre em 2005, quando, no conclave, foi eleito Papa assumindo o nome de Bento XVI.





Disponível também em: http://advhaereses.blogspot.com/2009/05/quando-liturgia-se-volta-para-o-culto.html

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O drama do altar.


“Mas… que festa? A liturgia é um drama”.


“Creio que este sentido do sagrado poderá ser recuperado quando compreendermos que a Missa não é nunca um espetáculo, um entretenimento ou uma propriedade de cada sacerdote, mas sim um verdadeiro e próprio drama. Frequentemente, enchemos a boca para dizer a palavra “festa”, mas… que festa essa? Na Missa recordamos o sacrifício de Cristo, esta é a verdade. Cristo se imolou por nós e logo se usa a palavra festa… É correto falar de festa somente depois de termos compreendido e aceitado o conceito de que Cristo deu a vida por nós. Só então é lícito falar de festa, mas nunca antes. [...]


Uma boa Liturgia deve ter o seu centro na cruz. Contudo, ao ser colocada freqüentemente de um lado ou em lugares pouco visíveis, esta perdeu o seu significado verdadeiro e autêntico. Parece muito mais um objeto secundário do que um centro de adoração. Às vezes, tenho a sensação de que uma cruz no centro do altar produz tédio, quase incômodo. Para sermos duros: a maioria das vezes, ninguém olha para ela. Para voltar a dar à Liturgia o sentido do sagrado, é necessária uma devoção. Basta de Missas celebradas como acontecimentos mundanos e entretenimento”.


Palavras de Monsenhor Nicola Bux à Pontifex.


Benditas palavras do Cardeal CAÑIZARES: Sim à comunhão de joelhos.

Por Igor Ramon.

Palavras do Cardeal Antonio Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos: "A comunhão de joelhos significa respeito de Deus, é o coração do homem que se prostra ante Aquele que o ama até fim. Estes são sinais, não se pode mudar por mudar, mas buscar todo sentido e superar à secularização do nosso mundo. Um dos objetivos da nossa Congregação é realizar nos próximos anos uma grande campanha de formação litúrgica."
Ecclesia Digital

"A comunhão de joelhos significa respeito de Deus...
A palavras do cardeal são um refrigério para alma daqueles que adoram Nosso Senhor no véu sacramental, e não têm dúvidas que a comunhão de joelhos é forma mais respeitosa e na boca é a forma mais digna de se receber o esse tão sublime Sacramento. Mesmo que o mundo tente nos convencer do contrário.

“...é o coração do homem que se prostra ante Aquele que o ama até fim.”
'Tendo [Jesus] amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.' (Jo 13,1) (Missale Romanum, Prex Eucaristica IV) Como retribuir a esse grande amor de Deus por nós expresso de modo claríssimo na Eucaristia? Interiormente, adorando Jesus em se coração. Exteriormente, colocando-se de joelhos, atitude corporal que expressa o culto de latria, dado somente a Deus.

“[...] Estes são sinais, não se pode mudar por mudar, mas buscar todo sentido e superar à secularização do nosso mundo.”
O palavra sacramento quer dizer sinal, e a Eucaristia, Sacramento por excelência, não é senão o sinal também por excelência. (Cf.: Jo 6,27) Logo não faz sentido – nem nos é permitido – 'mudar por mudar' o que por Deus foi instituído.
A busca pelo sentido autêntico, a qual se refere o Cardeal Cañizares, se apresenta como uma contrapartida à 'secularização', também referida por Sua Eminência, referência essa a qual tomo a liberdade de somar à dessacralização, redução de mistério e relativismo 'do nosso mundo'. Fruto de uma teologia litúrgica equivocada a qual somos chamados a combater junto com o Santo Padre o Papa Bento XVI, o Cardeal Cañizares, o Cardeal Arinze, o Monsenhor Nicola Bux o Pe. Roberto Lettieri e tantos outro profetas.

“[...] Um dos objetivos da nossa Congregação é realizar nos próximos anos uma grande campanha de formação litúrgica.”
Quanto a essa últimas e não menos benditas palavras do cardeal falam de um desafio que é urgente para Igreja no mundo: Salvar a Liturgia do mundo secular! E isso só pode ser feito através de um amplo e organizado movimento de formação litúrgica, que esta Congregação sem dúvida não está perdendo tempo em prepará-lo.
Concluo com as Palavras do amigo Rafael Vitola Brodbeck: “Sequestraram a liturgia! Precisamos de um amplo movimento para resgatá-la!”


Antonio Cañizares Cardeal Llovera é espanhol, arcebispo emérito de Toledo, na Espanha é conhecido como “pequeno-Ratzinger” por sua ortodoxia semelhante a do Santo Padre, desde de Dezembro de 2008 é Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina do Sacramentos.

Igor Ramon tem 18 anos, caminha na Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró a 3 anos, onde desenvolve Ministério de Pregação e Formação, é vice-coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, ultimamente também tem se dedicado a edição e publicação de artigos em blogs.