segunda-feira, 23 de março de 2009

Homilia de Pe. Paulo Ricardo sobre o aborto



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No dia 04 de março foi realizado o aborto de dois gêmeos, em uma menina de 9 anos de idade, em Recife. A menina teria engravidado por abuso sexual de seu "padrasto". A gravidez era normal e não havia razão médica para o assassinato de duas crianças inocentes. Ao contrário do que se afirmou amplamente, o aborto foi ilegal e clandestino. Ilegal, pois foi realizado sem o consentimento do pai biológico da menina grávida e sem o mandato judicial, previsto para o caso de os pais discordarem. Candestino pois a menina grávida e sua mãe, foram levadas às escondidas do pai, para que se cometesse o crime. O Arcebispo de Olinda e Recife cumpriu o seu dever de pastor e cristão denunciando o crime.


Homilia aqui:

quarta-feira, 18 de março de 2009

Análise da CF 2009


RÁPIDA ANÁLISE SOBRE A CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009


Por Dr. Rafael Vitola Brodbeck - Delegado de Polícia

A Campanha da Fraternidade 2009 tem por tema a segurança pública. Tenho cá amplas reservas quanto a CNBB se meter em assuntos que não lhe competem, mas esse tema me interessa diretamente, dada minha profissão.


Os objetivos, segundo uma sua cartilha, são:


Promover a cultura da paz


Ampliar ações educativas


Denunciar o modelo punitivo do sistema penal


Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, economia e gestões públicas


Fortalecer e articular novas políticas públicas para engajar quem sai das prisões, por exemplo, permitindo até mesmo que possa prestar concurso público


Criar em cada comarca prisional um conselho de comunidade


Em um primeiro momento, parece tudo bem, tudo correto. Mas não está! Dois dos objetivos são bastante incoerentes com a razão, com a moral.


"Denunciar o modelo punitivo do sistema penal"? Mas a punição é, sim, a razão principal da pena! São quatro as funções da pena, segundo os penalistas: punição pelo delito (restauração da ordem violada), prevenção geral (sabendo que há uma pena para o delito, as pessoas evitam delinqüir), prevenção especial (quem comete crimes fica afastado da sociedade), e ressocialização (educação e penitência). Os liberais acreditam que as quatro funções sejam de igual importância, e os socialistas e esquerdinhas em geral vão mais longe: consideram que a ressocialização é a mais importante.

Mas não é! Santo Tomás de Aquino ensinou que o fim principal da pena é a punição, a restauração da ordem. As demais funções são secundárias. Importantes, claro. Que se devem buscar, sem dúvida. Mas a única que nunca pode faltar, a única substancial à noção de pena, e que, portanto, é principal, é a punição.


O Catecismo mesmo é claríssimo: "A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa, Quando essa pena é voluntariamente aceita pelo culpado tem valor de expiação. Assim, a pena, além de defender a ordem pública c de tutelar a segurança das pessoas, tem um objetivo medicinal: na medida do possível, deve contribuir à correção do culpado." (Cat., 2266) Vejam que a Igreja admite os outros fins da pena, mas o primeiro objetivo, a função primordial, substancial, é a reparação da ordem, ou seja, a punição.


A CNBB, por sua CF 2009, contraria o Catecismo. Mais uma vez...


O segundo ponto que me chama a atenção é "Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, economia e gestões públicas".


Sim, são graves. Mas ultimamente tem se dado muita atenção a esses crimes. São graves? Sim. Mas bem menos graves do que o estupro, o latrocínio, o homicídio, o aborto, o atentado violento ao pudor, a corrupção de menores, o roubo, a extorção mediante seqüestro etc.

Todavia, setores da CNBB infectados pela idéia de que os delitos contra o Estado são mais graves do que os delitos contra os indivíduos (idéia totalitária e marxista) acham que não.

Claro que os crimes contra a Administração Pública são graves (nem todos). Porém, quais os mais graves? Peculato e corrupção ativa ou homocídio e estupro? E se homicídio e estupro são mais graves, por que, ao denunciar certos crimes, escolhem-se justamente os menos graves? Se é para denunciar alguns, por que denunciam os menos graves?


Perde-se uma excelente oportunidade de discutir, DE VERDADE, políticas de segurança pública que façam a população se livrar dessa onda de estupros, homicídios, roubos, seqüestros... Mas, não, o que importa é o peculato, a concussão, a corrupção ativa e passiva...

Evidente que a CF iria errar em segurança pública. A CNBB não é da área! Impressionante, aliás, como alguns sacerdotes da CNBB não entendem sequer do SEU RAMO (teologia, liturgia, direito canônico), e querem dar palpite no MEU! Não sabem doutrina católica e ainda querem apitar em temas como criminalidade?


Enfim, o melhor seria que não houvesse esse tema, mas já que há que o trabalhassem direito. Nem isso foi feito, contudo. Uma pena. Mais uma CF a lamentar.


Ah, e o aborto não é crime? A CNBB não deveria ser a porta-voz do nascituro? Em vez de denunciar o aborto, quer denunciar a concussão... Aliás, será que os padres coordenadores da CF sabem o que é concussão?


É, até devem saber. Contudo, da importância do latim na liturgia, do que significa obediência ao Papa etc, talvez não saibam...


Desculpem o desabafo policial. Mas é dose!

Antes que alguns apressados me acusem de acobertar crimes políticos, não estou falando que não é grave um delito desse tipo, nem que não se o deva discutir. O problema NÃO é esse. O que considero equivocado é que a CNBB elegeu somente ALGUNS CRIMES para sua "denúncia". Ora, se elegem alguns apenas, esses alguns devem ser os mais graves. E quais ela elege? Concussão, peculato, corrupção etc. Crimes contra a Administração, crimes contra o Estado.

Querem discutir esses crimes? Ótimo, então não façam uma seleção e discutam todos! Mas se querem eleger só alguns e debater só sobre eles, então esses alguns devem ser os mais graves: homicídio, tráfico de drogas, estupro, roubo, latrocínio. Se a CNBB quer escolher alguns, os mais graves, e escolhe peculato e não estupro, concussão e não homicídio, é sinal de que, para a CNBB, um estuprador é um criminoso menos perigoso do que um corrupto.

Como policial, sei bem que um corrupto é vagabundo. Mas mil vezes pior é um assassino, um latrocida, um estuprador, um violentador de crianças.


O Estado é mais importante do que o indivíduo? Isso é totalitarismo!

PS: Em nenhum momento eu disse ser contra as CFs, nem contra a abordagem dos temas sociais. A Igreja deve, sim, influenciar positivamente os ambientes temporais. Trata-se do velho tema do Reinado Social de Cristo.


Minha crítica é ao modo como as CFs historicamente tratam os temas, e ao conteúdo da CF 2009 especificamente. Já apontei dois erros entre os objetivos.


POLÍCIA, Rafael Vitola Brodbeck - Delegado de. Apostolado Veritatis Splendor: RÁPIDA ANÁLISE SOBRE A CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2009. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5645. Desde 18/03/2009.

terça-feira, 10 de março de 2009

'Acima de tudo: cumprir os mandamentos de Cristo' [A Unidade da Igreja - II]

2 - Acima de tudo: cumprir os mandamentos de Cristo

(1) Sirvam-nos estes exemplos. Evitemos o caminho do homem velho, para não cair no laço da morte. Sigamos as pisadas de Cristo vencedor, para que, usando cautela diante do perigo, alcancemos a verdadeira imortalidade.

(2) Mas, como poderíamos chegar à imortalidade, sem observar os mandamentos de Cristo? São eles os únicos meios para combater e vencer a morte. Ele nos avisa: "Se queres chegar à vida, observa os mandamentos" (Mt 19,17), e, de novo: "Se fizerdes o que vos mando, já não vos chamarei servos, mas amigos" (Jo 15,15).

(3) Esses são os que ele diz serem fortes e firmes. Esses têm fundamento sólido na pedra, e gozam de inabalável resistência contra todas as tempestades e as rajadas do século. "Quem ouve as minhas palavras - diz ele - e as cumpre é semelhante ao homem sábio que construiu a sua casa sobre a pedra. Desceu a chuva, desabaram as correntes, sopraram os ventos, batendo contra aquela casa, e ela não caiu porque fora fundada na pedra" (Mt 7,25).

(4) Devemos, pois, prestar atenção às suas palavras, devemos aprender e praticar o que ele ensinou e o que fez. Como poderia asseverar que acredita em Cristo aquele que não cumpre o que Cristo mandou? E como conseguirá o prêmio da fé aquele que recusa a fé no que foi mandado? Fatalmente ele irá vacilando, à ventura, e, arrastado pelo espírito do erro, será varrido como pó agitado pelo vento.

(5) Nunca poderão conduzir à salvação os passos daquele que não adere à verdade da única via que salva.

S. CYPRIANUS CARTHAGINENSIS

segunda-feira, 9 de março de 2009

Liturgia Verbi - 2º Domingo da Quresma - Ano A

2º Domingo da Quaresma - O Domingo da Transfiguração

Evangelho (Marcos 9,2-10)
Domingo, 8 de Março de 2009
2º Domingo da Quaresma - Ano A

Naquele tempo,
2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles.
3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar.
4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.
5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo.
7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!”
8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles.
9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos.
10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.




Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior pertence ao clero da Arquidiocese de Cuiabá, é reitor do Seminário Cristo Rei, de Cuiabá e assistente eclesiastico da Comunidade Família de Nazaré.
Leciona nos cursos de Filosofia e Teologia, além de servir à Câmara Eclesiástica de Cuiabá, à Paróquia Nossa Senhora das Dores (Barão de Melgaço – MT) e ao Sínodo Arquidiocesano de Cuiabá. Em 2002, a Santa Sé o nomeou consultor da Congregação do Clero, em assuntos de catequese.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Solidariedade a Dom José Cardoso Sobrinho


Mal o meu blog começou e já tenho que ir em defesa de dois bispos.

Depois do que publiquei em defesa de Dom Aldo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, venho mais uma vez defender um bispo católico legítimo, defensor da fé de moral católica. A vítima dessa vez é Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo de Olinda e Recife. Não é de hoje que impressa quem fazer dele uma espécie de “símbolo da intransigência da Igreja Católica”.


É do conhecimento de todos, o lamentável caso de menina que era abusada sexualmente por seu padrasto, e que por consequência engravidou de gêmeos. A Igreja, assim como toda a sociedade, ficou perplexa com o fato. Mas não adiantava mais lamentar e sim tomar providências para proteger as vidas, da menina e dos gêmeos, que é o compromisso que a Igreja assume, a atitude de Dom Cardoso não poderia ser outra. Ele fez um manifesto público para evitar que a gestação – ainda que arriscada – fosse interrompida. Como já era de se esperar a Igreja não foi ouvida, Dom Cardoso taxado “disso e daquilo”, e o aborto não pôde ser evitado.

Não havendo mais nada a ser feito a não ser lamentar, Dom Cardoso num ato de caridade informou que a mãe da garota, o médicos que praticaram o aborto e demais pessoas a que consentiram, estavam sujeitas a excomunhão latae sententae, ou seja, automática, a partir do momento do ato, com está escrito no cânon 1398 do Código de Direito Canônico.

Mas o que imprensa vem publicando sobre o assunto?


A mídia, sobretudo a “toda poderosa” Globo, vem dizendo que Dom José Cardoso EXCOMUNGOU os médicos e parentes da criança. Veja a matéria completa no G1:
G1 - Arcebispo excomunga médicos e parentes de menina que fez aborto.
O que constitui uma inverdade, uma vez que o arcebispo não aplicou a excomunhão, apenas informou que tais pessoas estavam excomungadas por seu próprio ato. Houve quem dissesse que Dom José havia excomungado a gorota de 9 anos, outra inverdade, uma vez que menores de idade são considerados inputaveis pela Igreja.

Dom Cardoso concedeu uma entrevista ao Portal Canção Nova esclarecendo sua posição e a da Igreja sobre excomunhão, leiam:
Entrevista de Dom José Cardoso ao Portal Canção Nova

É óbvio que é muito mais interessante para imprensa escrever dizendo: “O bispo excomungou!”. Se escrevessem: “O direito canônico excomungou!”, eles não venderiam jornal algum. Mas por trás de tudo isso há uma espécie de conspiração contra Igreja, que vem não só da imprensa, mas de vários setores da sociedade. Até mesmo o Presidente da República, que se diz católico, se pronunciou dizendo que “neste ponto, a medicina estava mais certa que Igreja”. Francamente senhor Presidente.

Que nós católicos de fato, possamos seguir o exemplo desse Bispo profeta que é Dom José Cardoso Sobrinho, e sempre nos colocar em defesa da vida, mesmo que para isso tenhamos que ir contra todo o resto da sociedade. É a Verdade contra o mundo.

Salve Dom Pagotto!
Salve Dom Cardoso!
Viva o Santo Padre!

IGOR RAMON

quinta-feira, 5 de março de 2009

Apoio a Dom Aldo di Cillo Pagotto


Apoio a Dom Aldo di Cillo Pagotto

Bispo da Igreja Particular que está na Paraíba, esse homem de Deus, que foi constituído pastor com múnus de ensinar e governar, está precisando do apoio de todos os católicos, sobretudo os que como ele defende a fé católica a todo custo.
Ele está sofrendo um ‘linchamento’ moral por parte de (in)fiéis envolvidos em movimentos sociais pseudo-católicos – para não dizer comunistas – da sua Arquidiocese, chegaram ao absurdo de fazer um abaixo-assinado pedindo a CNBB que removesse Dom Aldo de João Pessoa, ‘como se a CNBB tivesse jurisdição sobre os bispos’, como se meia dúzia de assinaturas fossem tirar da Cátedra um bispo legítimo, como se o laço que o liga a sua Sé fosse terrestre e não celeste. É cômico.

Mas afinal, qual foi o pecado de Dom Pagotto?

Dom Pagotto, está pegando o preço por ser profeta, por defender a fé católica, por exercer seu múnus, do qual falamos acima.O arcebispo afastou das funções sacerdotais o petista, Deputado-padre Luiz Couto – que já estava errado só por esta condição, conforme o Direito Canônico – que de se declara abertamente a favor do aborto, alegando que essa é uma convicção política e não religiosa.

Muitos políticos, críticos, religiosos e – pasmem – um bispo católico (graças a Deus já emérito) têm se manifestado a favor o deputado e contra a decisão do arcebispo. Nós católicos, em contrapartida, temos que fazer um amplo movimento em defesa de Dom Pagotto. Reforçando o convite o amigo Marcio do Paraná fez aos blogueiros católicos, “peço aos colegas que coloquem banners de apoio ao arcebispo” em seus blogs, como este aí em cima. Mas acima de tudo temos que rezar para que mesmo diante dessa perseguição, Dom Aldo e todo o Colégio Episcopal, se mantenha firme na ortodoxia.

Kyrie Eleison!
Christie Eleison!
Kyrie Eleison!
IGOR RAMON

quarta-feira, 4 de março de 2009

'Vigiai, o inimigo vem disfarçado' [A Unidade da Igreja - I]

1 - Vigiai, o inimigo vem disfarçado

(1) "Vós sois o sal da terra" (Mt 5,3), diz o Senhor, e ainda nos recomenda que sejamos simples pela inocência e prudentes na simplicidade [Mt 10,16]. Nada pois é mais importante para nós, irmãos diletíssimos, quanto vigiar com todo o cuidado para descobrir logo e, ao mesmo tempo, compreender e evitar as ciladas do inimigo traiçoeiro. Sem isso, embora sejamos revestidos de Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], que é a Sabedoria de Deus Pai [1Cor 1,24], nos mostraríamos menos sábios na defesa da salvação.

(2) De fato, não devemos temer só a perseguição e os vários ataques que se desencadeiam abertamente para arruinar e abater os servos de Deus. Quando o perigo é manifesto, a cautela é mais fácil. O nosso espírito está mais pronto para lutar contra um adversário abertamente declarado. É mais necessário ter medo e guardar-nos do inimigo que penetra às escondidas, e se vai insinuando oculta e tortuosamente com falsas imagens de paz. Bem lhe convém o nome de serpente! Essa foi sempre a sua astúcia, esse foi sempre o tenebroso e pérfido engano com que tenta seduzir o homem.

(3) Já no começo do mundo mentiu e enganou as almas crédulas e ingênuas (dos nossos primeiros pais), acariciando-as com palavras falazes [Gen 3,1ss] . Igualmente ousou tentar a Cristo, nosso Senhor, e se aproximou dele insinuando, disfarçando, mentindo. Foi contudo desmascarado e repelido. Desta vez, foi derrotado porque foi reconhecido e descoberto [Mt 4,1ss].

S. CYPRIANUS CARTHAGINENSIS