quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Coisas que o clero deve ouvir no Ano Sacerdotal

† José Torras y Bages

1846-1916


"O clero não deve ter opiniões, senão doutrina, e esta impessoal, divina, é que é a substancia da vida humana, conveniente e útil a todas as escolas, a todos os partidos, a todos os sistemas que se ajustem com a verdade, para que aos que pedirem a razão, se possa contestar com aquelas palavras evangélicas: minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou."
(Biografia de J. Torras y Bages,Volume 2, Por Fortià Solà i Moreta,Fortià Solà, p.75)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

'Tu és Pedro, e sobre esta pedra...' [A Unidade da Igreja - IV]

4 - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra..."

(1) Quem presta atenção a estes ensinamentos não precisa de longo estudo, nem de muitas demonstrações. A prova da nossa fé é fácil e compendiosa.

(2) Assim fala o Senhor a Pedro: "Eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas dos infernos não a vencerão. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus e tudo o que ligares na terra será ligado também nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado também nos céus" (Mt 16,18-19).

(3) Sobre um só edificou a sua Igreja. Embora, depois da sua ressurreição, tenha comunicado igual poder a todos os Apóstolos, dizendo: "Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós. Recebei o Espírito Santo, a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados, a quem os retiverdes ser-lhe-ão retidos" (Jo 20,21-23), todavia, para tornar manifesta a unidade, dispôs com a sua autoridade que a origem da unidade procedesse de um só.

(4) É verdade que os demais Apóstolos eram o mesmo que Pedro, tendo recebido igual parte de honra e de poder, mas a primeira urdidura começa pela unidade a fim de que a Igreja de Cristo aparecesse uma só.

(5) O Espírito Santo, falando na pessoa do Senhor, designa esta Igreja única quando diz no Cântico dos Cânticos: "Uma só é a minha pomba, a minha perfeita, única filha da sua mãe e sem igual para a sua progenitora" (Cant 6,9).

(6) Aquele que não guarda esta unidade poderá pensar que ainda guarda a fé? Aquele que resiste e faz oposição à Igreja poderá confiar que ainda está na Igreja?

(7) Paulo apóstolo inculca o mesmo ensinamento e mostra o sacramento da unidade, dizendo: "Um só corpo e um só espírito, uma é a esperança da vossa vocação, um Senhor, uma fé, um Batismo, um só Deus" (Ef 4,4-5).

(8) E, depois da ressurreição, diz ao mesmo: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,17). Sobre ele só constrói a Igreja e lhe manda que apascente as suas ovelhas. Embora comunique a todos os Apóstolos igual poder, todavia institui uma só cátedra, determinando assim a origem da unidade.

(9) É verdade que os demais [Apóstolos] eram o mesmo que Pedro, mas o primado é conferido a Pedro para que fosse evidente que há uma só Igreja e uma só cátedra. Todos são pastores, mas é anunciado um só rebanho, que deve ser apascentado por todos os Apóstolos em unânime harmonia.

(10) Aquele que não guarda esta unidade, proclamada também por Paulo, poderá pensar que ainda guarda a fé? Aquele que abandona a cátedra de Pedro, sobre o qual foi fundada a Igreja, poderá confiar que ainda está na Igreja?

S. CYPRIANUS CARTHAGINENSIS

Diga não a PJ, e logo dirá não a TL .


Por Júnior Pereira, Apostolado Shemá

Eu vos apresento alguns dados do “Marco referencial” da Pastoral da Juventude:

“- Marco Situacional : traz a realidade juvenil e sócio - cultural de nosso país.

- Marco Doutrinal: revela, de maneira leve e sintética, a presença de Deus na História, um Deus que ama os pobres e os jovens , é trindade e tem na Igreja o sinal concreto deste amor, em Maria o modelo e na PJB a maneira mais concreta e nova de falar aos jovens.

- O Marco Celebrativo: confirma a Palavra de Deus, a Celebração, a vivência do amor e o Ecumenismo como elementos básicos da mística e espiritualidade da PJB [...]”.

Gostaria de destacar a parte que trata dos demais movimentos eclesiais no Brasil:

“Movimentos Internacionais - organizam e formam seus próprios quadros, dirigentes e sacerdotes. Independentes das Igrejas locais. Dirigem-se principalmente aos jovens de classe média. Alguns exemplos: o Movimento Geração Nova (GEN), ligado aos focolares; Movimento da Juventude de Schoenstatt, Comunhão e Libertação, Renovação Carismática Católica, Juventude Franciscana (JUFRA) e outros”.

1) No início o texto diz que a Igreja no Brasil vê Deus como um Deus que ama o pobre e o jovem marginalizado. Posteriormente vemos o mesmo texto dizer que os demais movimentos são destinados à jovens de classe média. Então, existe uma divisão econômica, ou social dentro da Igreja? Não se pode ser de classe média e ser membro da PJ? Não se pode ser de classe baixa, e ser membro da RCC? Os movimentos internacionais são insensíveis ao terceiro mundo? Não sei de onde vieram tais referências sobre os demais movimentos, mas sei que não podemos “taxar” um movimento como “dos ricos” ou como dos “pobres”.

Passando adiante, temos esta interrogação:

O que fazer para tornar a Igreja nas Américas uma imagem transparente do Cristo?

“R: Aceitar o diálogo e a discussão. A Igreja vive hoje numa sociedade pluralista, que exige dela uma atitude diferente daquela que por muito tempo assumiu em situações de “cristandade”. Os católicos devem aceitar a discussão pública, crítica e fundamentada, das propostas católicas. Os católicos devem ser melhor preparados à vida democrática na sociedade atual, e portanto à discussão das diversas propostas políticas e culturais, à busca do entendimento e do consenso.”

Muito bem, só faltou dizer que os Santos foram pessoas intolerantes e que a Inquisição matou as “bruxas” e todos aqueles que não eram Católicos na fogueira.

O texto ainda coloca a Igreja numa realidade latino-americana, de modo com que os aspectos de fé são diferentes das demais regiões do planeta. A realidade sócio-cultural e econômica da AM é particular, mas a Fé Católica é universal. O texto ainda coloca de modo “sutil” que as propostas Católicas são retrógradas, e que devem se “abrir” a uma discussão para que triunfe a “democracia” da sociedade atual. E é assim que vemos a juventude caindo cada vez mais no secularismo e na imoralidade.

Mas... as coisas ainda podem piorar:

Qual a IDENTIDADE da PJ?

1 - Somos jovens das diversas realidades regionais do país, na maioria empobrecidos e a exemplo de Jesus Cristo fazemos a opção pelos pobres e jovens. Nos encontramos em grupos para partilhar e celebrar a vida, as lutas, sofrimentos e cultivar a amizade a partir de uma formação integral e mística própria.

Esse documento fala de uma pastoral Católica ou de Comunistas?

Você, assim como eu, deve estar se perguntando: “Qual o objetivo da PJ? Para que ela serve?”

Eis que eles respondem: Nossa Missão é evangelizar:

“E o que significa evangelizar? Muitos dirão: é levar o evangelho, pois significa a “Boa Notícia”. E Jesus Cristo nos diz para levar a boa notícia. O que não significa tanto falar de Jesus, mas fazer o que Ele fez.

Só evangeliza quem conhece, aceita e segue a Cristo e seu projeto Pôr isto evangelizar é TESTEMUNHAR o amor, o perdão, a humildade, a alegria da doação e da partilha. É ser SOLIDÁRIO e COMPROMETER-SE com os pobres e oprimidos. É ANUNCIAR Jesus Cristo com suas ações e sua Boa Nova.

Não sei se dá pra contar quantas vezes deve aparecer no texto, a expressão: “comprometer-se com os pobres e oprimidos”. E o ‘“se comprometer” com a Fé da Igreja, com a catequese, com os sacramentos, com a própria DSI, não se vê.

Essa é a triste realidade da Pastoral da juventude do nosso Brasil, cada vez mais próxima de uma entidade político-social secularizada, e cada vez mais longe do próprio Cristo.

Fonte: http://pj.org.br/2/src/site/subsidio.php


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Solenidade e Austeridade (Parte II)

Caros leitores.

Salve Maria Imaculada!

Conforme o prometido, venho, por meio desta, divulgar a data a da próxima Missa em ação de graças pelos benfeitores do Mosteiro da Santíssima Trindade. Será no dia 11 de Outubro, as 19:30hs, no Colégio Sagrado Coração de Maria (Colégio das Irmãs), situado Av. Augusto Severo, 134, Centro. Mossoró - Rio Grande do Norte.

Pax.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Solenidade e Austeridade


No último dia 6, XXIII Domingo do Tempo Comum, eu e aqueles que puderam se fazer presentes na Capela do Colégio Sagrado Coração de Maria, sob a responsabilidade das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras (e como são hospitaleiras essas irmãs), puderam ter um experiência diferente com a Liturgia da Santa Igreja: ficamos conhecendo o jeito beneditino de celebrar, que preza pela solenidade e ao mesmo tempo pela austeridade.

A Missa foi celebrada pelo nosso querido sacerdote Manoel Viera Guimarães Neto, Ir. Manoel ou simplesmente Pe. Guimarães, que por muito tempo foi pároco da Paróquia de São Manoel aqui na nossa Diocese de Mossoró e que há dois anos está à frente do projeto do Mosteiro da Santíssima Trindade, do qual os seus benfeitores eram a intenção principal dessa Santa Missa, que está sendo celebrada mensalmente.

O canto litúrgico encantou os presentes pela sua dignidade e simplicidade, da schola cantorum estava frente o grande Professor Josafá, que executou os cantos rituais (Kyrie,Gloria in excelsis, Sanctus e Agnus Dei) em Latim e os cantos processionais (Entrada, Ofertório Comunhão...) em vernáculo, cantos populares e não menos dignos.

Um capítulo a parte foi à belíssima homilia de Ir. Manoel, nos fazendo adentrar na riqueza das leituras que esse Domingo nos ofereceu, sobretudo no conselho de São Tiago a não fazermos acepção de pessoas e no poder do Jesus que cura, no Evangelho de São Marcos.

Poderia escrever mais um pouco, mas como meu tempo está curto, deixo o convite para que nos próximos meses, nos unamos em oração pela obra do Mosteiro e participemos dessa belíssima liturgia. Devo confessar que há muito tempo meu coração não se alegrava tanto numa Santa Missa - agradeço de maneira muito especial a Pe. Guimarães por ter me proporcionado essa grande alegria - , tenho certeza que o Deus também se alegrou.

Quando confirmadas, postarei aqui as datas da próximas Missas.

Pax.