IDOLATRIZAÇÃO DO TEMPORAL E AUTO-TEÍSMO
Nem a cultura européia nem nenhuma outra, nem sequer a mais “pós-secular”, pode qualificar-se de “pós-religiosa”. Pois, de um modo ou de outro, o homem é sempre religioso. Se não se crê em no Deus verdadeiro, em seu lugar tratam de esculpir a imagem de um ídolo, como a deusa Razão venerada em Paris durante a Revolução Francesa. Desde então tem surgido diversos ídolos (a Raça, o Proletariado, o Estado, a Nação, o Dinheiro, o Prazer). Tem razão Dostoievski em sua obra “O Adolescente”: ´O homem não pode viver sem prostrar-se de joelhos...Se rechaça a Deus, se ajoelha diante de um ídolo de madeira, de ouro ou simplesmente imaginário. Todos esses são idólatras, não ateus; idólatras é o nome que lhes cabe.´
Alguns slogans que se desenvolveram desde o início da Era moderna:
“Religiões não-cristãs e Igreja Católica não, Jesus Cristo sim.”
“Jesus Cristo e as religiões cristãs não, Cristo sim”
“Jesus Cristo não, Deus sim”
“Jesus Cristo e Deus não, religião sim”
“Religião não, o humano idolatrado, sim”
Charles Peguy chegou a criar o neologismo “auto-teo (auto-teísmo)”:
´O mundo moderno não é a-teo, senão auto-teo.
O homem se faz deus por si mesmo.’
Fonte:
LA CONTEXTUALIZACIÓN LÉXICO-CULTURAL Y RELIGIOSA DE “SECULARIDAD,
SECULARISMO, SECULARIZACIÓN”
MANUEL GUERRA GÓMEZ
Facultad de Teología del Norte de España (Burgos)
www.unav.es/iae/publicaciones/Contextualizacion.pdf
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