segunda-feira, 15 de junho de 2009

"O padre pode se cansar..."

Por Igor Ramon

Amigos leitores, anteontem na homilia da Missa do XI Domingo do Tempo Comum pude ouvir o desabafo do Vigário Geral da minha Diocese [de Mossoró], Pe. Flávio Augusto Forte Melo. Ele falou que leu com grande tristeza num jornal da cidade que o Pe. Fábio de Melo viria fazer um show em Mossoró, mas vejam bem caros leitores, Pe. Flávio destacou que o problema não era ele vir a Mossoró, e sim a forma com a qual ele viria: através de uma produtora de eventos seculares, sendo que a Diocese tentou de tudo para trazê-lo.
Em nome do nosso bispo Dom Mariano Manzana, Pe. Flávio ligou para a produção do Pe. Fábio a fim de marcar o show, Pe. Flávio relatou que a produção colocou 1001 dificuldades, ele se dispôs a resolver todas.
Eles alegaram que Mossoró era muito longe do aeroportos e o padre [Fábio] poderia se cansar, de fato eles têm razão, o aeroporto da cidade está desativado para vôos comerciais, mas não pensem amigos, que o Vigário Geral desistiu.
Foi cogitada então a possibilidade de solicitar a Governadora do Estado que conseguisse um vôo de Natal para Mossoró, diante dessa proposta, a produção ficou de dar uma resposta, Pe. Flávio com muito tristeza afirmou que estava esperando a resposta até hoje [Domingo], quando abriu o jornal e ficou sabendo que o padre viria. Não pela Diocese, nem pela RCC ou por uma Comunidade Nova, mas por uma produtora secular.
Ele falou ainda que uma moça da produção do padre [Fábio] o tratou mal e que ira mandar uma carta ao bispo [de Taubaté] dele relatando o acontecido, ele deixou ainda bem claro que não gaurdava mágoas e que, se estivesse na cidade, iria ao show.
Todos nós que estavamos na Capela do Espirito Santo, ficamos muito surpresos e decepcionados com relato do padre [Flávio], vimos muita sinceridade em suas palavras e podemos compartilhar com ele essa dor.

Rezemos uma Ave-Maria por Pe. Fábio e sua produção.


Pe. Flávio Augusto Forte Melo é natural de Severiano Melo-RN, foi ordenado sacerdote em 1994, foi reitor de Seminário Santa Terezinha, vigário paroquial das Paróquias de São
José e de São Manoel, atualmente é diretor da Rádio Rural, do Curso de Iniciação Teológica e desde de 2005 é Vigário Geral da Diocese de Mossoró.

Igor Ramon
tem 18 anos, caminha na Renovação Carismática Católica da Diocese de Mossoró a 3 anos, onde desenvolve Ministério de Pregação e Formação, é vice-coordenador diocesano do Ministério de Liturgia desse movimento, junto com alguns amigos se dedica ao estudo, ainda que informal, da Doutrina da Igreja, em especial no que diz respeito a Sagrada Liturgia, ultimamente também tem se dedicado a edição e publicação de artigos em blogs.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Somemte a Ortodoxia Católica pode resguardar o homem da idolatria.


IDOLATRIZAÇÃO DO TEMPORAL E AUTO-TEÍSMO


Nem a cultura européia nem nenhuma outra, nem sequer a mais “pós-secular”, pode qualificar-se de “pós-religiosa”. Pois, de um modo ou de outro, o homem é sempre religioso. Se não se crê em no Deus verdadeiro, em seu lugar tratam de esculpir a imagem de um ídolo, como a deusa Razão venerada em Paris durante a Revolução Francesa. Desde então tem surgido diversos ídolos (a Raça, o Proletariado, o Estado, a Nação, o Dinheiro, o Prazer). Tem razão Dostoievski em sua obra “O Adolescente”: ´O homem não pode viver sem prostrar-se de joelhos...Se rechaça a Deus, se ajoelha diante de um ídolo de madeira, de ouro ou simplesmente imaginário. Todos esses são idólatras, não ateus; idólatras é o nome que lhes cabe.´

Alguns slogans que se desenvolveram desde o início da Era moderna:

“Religiões não-cristãs e Igreja Católica não, Jesus Cristo sim.”

“Jesus Cristo e as religiões cristãs não, Cristo sim”

“Jesus Cristo não, Deus sim”

“Jesus Cristo e Deus não, religião sim”

“Religião não, o humano idolatrado, sim”

Charles Peguy chegou a criar o neologismo “auto-teo (auto-teísmo)”:
´O mundo moderno não é a-teo, senão auto-teo.
O homem se faz deus por si mesmo.’

Fonte:
LA CONTEXTUALIZACIÓN LÉXICO-CULTURAL Y RELIGIOSA DE “SECULARIDAD,
SECULARISMO, SECULARIZACIÓN”
MANUEL GUERRA GÓMEZ
Facultad de Teología del Norte de España (Burgos)

www.unav.es/iae/publicaciones/Contextualizacion.pdf