quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cardeal Antonio Cañizares Fala sobre liturgia da Igreja hoje


28.12.2010 - Apresentamos nossa tradução da entrevista concedida pelo Cardeal Antonio Cañizares a Andrea Tornielli, do Il Giornale, via La Buhardilla de Jerónimo.

A liturgia católica vive “uma certa crise” e Bento XVI quer dar vida a um novo movimento litúrgico, que volte a trazer mais sacralidade e silêncio à Missa, e mais atenção à beleza no canto, na música e na arte sacra.

O Cardeal Antonio Cañizares Llovera, 65 anos, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, que enquanto bispo na Espanha era chamado de “o pequeno Ratzinger”, é o homem ao qual o Papa confiou esta tarefa. Nesta entevista a Il Giornale, o “ministro” da liturgia de Bento XVI revela e explica programas e projetos.

Como cardeal, Joseph Ratzinger havia lamentado uma certa pressa na reforma litúrgica pós-conciliar. Qual é a sua opinião?

A reforma litúrgica foi realizada com muita presa. Havia ótimas intenções e o desejo de aplicar o Vaticano II. Mas houve precipitação. Não se deu tempo e espaço suficiente para acolher e interiorizar os ensinamentos do Concílio; de repente, mudou-se o modo de celebrar.

Recordo bem a mentalidade então difundida: era necessário mudar, criar algo novo. Aquilo que havíamos recebido, a tradição, era visto como um obstáculo. A reforma foi entendida como obra humana, muitos pensavam que a Igeja era obra de nossas mãos e não de Deus. A renovação litúrgica foi vista como uma investigação de laboratório, fruto da imaginação e da criatividade, a palavra mágica de então.

Como cardeal, Ratzinger havia prognosticado uma “reforma da reforma” litúrgica, palavras atualmente impronunciáveis, mesmo no Vaticano. Todavia, parece evidente que Bento XVI a deseje. É possível falar dela?

Não sei se é possível, ou se é conveniente, falar de “reforma da reforma”. O que vejo absolutamente necessário e urgente, segundo o que deseja o Papa, é dar vida a um novo, claro e vigoroso movimento litúrgico em toda a Igreja. Porque, como explica Bento XVI no primeiro volume de sua Opera Omnia, em relação à liturgia se decide o destino da fé e da Igreja. Cristo está presente na Igreja através dos sacramentos. Deus é o sujeito da história, e não nós. A liturgia não é uma ação do homem, mas de Deus.

O Papa, mais que decisões impostas de cima, fala com o exemplo. Como ler as mudanças introduzidas por ele nas celebrações papais?

Acima de tudo, não deve haver nenhuma dúvida sobre a bondade da renovação litúrgica conciliar, que trouxe grandes benefícios para a vida da Igreja, como a participação mais consciente e ativa dos fiéis e a presença enriquecida da Sagrada Escritura. Mas além destes e outros benefícios, não faltaram sombras, surgidas nos anos seguintes ao Vaticano II: a liturgia, isso é fato, foi “ferida” por deformações arbitrárias, provocadas também pela secularização que desgraçadamente atinge também dentro da Igreja. Consequentemente, em muitas celebrações já não se coloca Deus no centro, mas o homem e seu protagonismo, sua ação criativa, o papel principal é dado à assembléia. A renovação conciliar foi entendida como uma ruptura e não como um desenvolvimento orgânico da tradição. Devemos reaviver o espírito da liturgia e para isso são significativos os gestos introduzidos nas liturgias do Papa: a orientação da ação litúrgica, a cruz no centro do altar, a comunhão de joellhos, o canto gregoriano, o espaço para o silêncio, a beleza na arte sacra. É também necessário e urgente promover a adoração eucarística: diante da presenção real do Senhor, não se pode senão estar em adoração.

Quando se fala de uma recuperação da dimensão do sagrado, há sempre quem apresente tudo isso como um simples retorno ao passado, fruto de nostalgia. Como o senhor responde?

A perda do sentido do sagrado, do Mistério, de Deus, é uma das perdas de consequências mais graves para um verdadeiro humanismo. Quem pensa que reavivar, recuperar e reforçar o espírito da liturgia e a verdade da celebração é um simples retorno a um passado superado, ignora a verdade das coisas. Colocar a liturgia no centro da vida da Igreja não é em nada nostálgico, mas, pelo contrário, é garantia de estar a caminho em direção ao futuro.

Como julga o estado da liturgia católica no mundo?

Diante do risco da rotina, diante de algumas confusões, da pobreza e da banalidade do canto e da música sacra, pode-se dizer que há uma certa crise. Por isso é urgente um novo movimento litúrgico. Bento XVI, indicando o exemplo de São Francisco de Assis, muito devoto do Santíssimo Sacramento, explicou que o verdadeiro reformador é alguém que obedece a fé: não se move de maneira arbitrária e não se arroga nenhuma discricionariedade sobre o rito. Não é o dono, mas o custódio do tesouro instituido pelo Senhor e confiado a nós. O Papa, portanto, pede à nossa Congregação promover uma renovação segundo o Vaticano II, em sintonia com a tradição litúrgica da Igreja, sem esquecer a norma conciliar que prescreve não introduzir inovações exceto quando as requererem uma verdadeira e comprovada utilidade para a Igreja, com a advertência de que as novas formas, em todo caso, devem surgir organicamente das já existentes.

O que pretende fazer como Congregação?

Devemos considerar a renovação litúrgica segundo a hermêutica da continudade na reforma indicada por Bento XVI para ler o Concílio. E para fazê-lo, é necessário superar a tendência de “congelar” o estado atual da reforma pós-conciliar, de um modo que não faz justiça ao desenvolvimento orgânico da liturgia da Igreja.

Estamos tentanto levar adiante um grande empenho na formação dos sacerdotes, seminaristas, consagrados e fiéis leigos, para favorecer a compreensão do verdadeiro significado das celebrações da Igreja. Isso requer uma adequada e ampla instrução, vigilância e fidelidade nos ritos, e uma autêntica educação para vivê-los plenamente. Este empenho será acompanhado pela revisão e pela atualização dos textos introdutórios de diversas celebrações (prenotanda). Somos conscientes também de que dar impulso a este novo movimento não será possível sem uma renovação pastoral da iniciação cristã.

Uma perspectiva que deveria ser aplicada também à arte e à música…

O novo movimento litúrgico deverá fazer descobrir a beleza da liturgia. Por isso, abriremos uma nova seção em nossa Congregação dedicada à “Arte e música sacra” a serviço da liturgia. Isso nos levará a oferecer, o quanto antes, critérios e orientações para a arte, canto e música sacras. Como também pensamos em oferecer o mais rápido possível critérios e orientações para a pregação.

Nas Igrejas desaparecem os genuflexórios, a Missa às vezes é ainda um espaço aberto à criatividade, são cortadas inclusive as partes mais sagradas do cânon. Como inverter esta tendência?

A vigilância da Igreja é fundamental e não deve ser considerada como algo inquisitório ou repressivo, mas como um serviço. Em todo caso, devemos tornar todos conscientes da exigência, não só dos direitos do fiéis, mas também dos “direitos de Deus”.

Existe também o risco oposto, isto é, o de se crer que a sacralidade da liturgia depende da riqueza dos paramentos: uma posição fruto de esteticismo que parece ignorar o coração da liturgia…

A beleza é fundamental, mas é algo muito distintito de um esteticismo vazio, formalista e estéril, no qual se cai às vezes. Existe o risco de se acreditar que a beleza e a sacralidade da liturgia dependem da riqueza ou da antiguidade dos paramentos. É necessário uma boa formação e uma boa catequese baseada no Catecismo da Igreja Católica, evitando também o risco oposto, o da banalização, e atuando com decisão e energia quando se recorre a costumes que tiveram seu sentido no passado, mas que atualmente não têm ou não contribuem de nenhum modo para a verdade da celebração.

Poderia nos dar alguma indicação concreta sobre o que poderia mudar na liturgia?

Mais que pensar em mudanças, devemos nos comprometer em reaviver e promover um novo movimento litúrgico, seguindo o ensinamento de Bento XVI, a reaviver o sentido do sagrado e do Mistério, pondo Deus no centro de tudo. Devemos impulsionar a adoração eucarística, renovar e melhorar o canto litúrgico, cultivar o silêncio, dar mais espaço à meditação. Disso surgirá as mudanças…

Fonte: http://fratresinunum.com/
Fonte: Rainha Maria

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dança Liturgica pode?




Inicialmente quero explicar uma coisa, a Cúria Romana (órgão administrativo) é divididas em congregações, como por exemplo a Congregação para a Doutrina da Fé que era presidida pelo então Cardeal Joseph Alois Ratzinger atual PAPA Bento XVI, hoje a mesma é presidida pelo Cardeal William Joseph Levada, essas congregações são responsáveis pela administração das várias "partes" da Igreja, explico, a que o amado Cardeal Ratzinger presidia é responsável por difundir a doutrina da Igreja e defender os pontos da tradição católica que possam estar em perigo!

Mas não é sobre essa que quero falar nesse momento isso virar em outra postagem que estou preparando, mas quero falar sobre a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos que é presidida hoje pelo Cardeal Antonio Cañizares Cardeal Llovera, essa congregação tem como função se ocupar de tudo que diz respeito a Sé Apostólica, a cerca da promoção e da regulamentação da liturgia e, em primeiro lugar, dos sacramentos. Promove a ação pastoral litúrgica e tudo que está ligada a preparação e a celebração da Eucaristia, e dos outros sacramentos e dos sacramentais, no que se refere a celebração do domingo e das outras festas do Ano Litúrgico e da Liturgia das Horas, ou seja, tudo que se posso colocar sobre a liturgia da igreja, é essa congregação que manda e desmanda.

Com isso quero dizer que nós leigos ou até mesmos os sacerdotes(padres, bispos) devemos obediência a essas congregações, e quando se trata de liturgia nada melhor que os presidentes dessa ultima congregação para falar isso, seja esse o atual ou um anterior, e este é o caso, no final da postagem colocarei um vídeo com uma entrevista com o Cardeal Francis Arinze - encontrei o Vídeo no blog Eurico Zine - , que presidia a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e o foi perguntado sobre a dança na celebração da Santa Missa, bem vejamos a resposta dele, segue abaixo alguma das frases dele :

"Não deveríamos falar sobre dança litúrgica de jeito algum, porque a dança (...) não é parte do culto."

"(...) o africano se moverá para a direita e para a esquerda. Não é uma dança. É um movimento gracioso para mostrar alegria e oferta."

"Mas não vamos à Missa para divertirmos. Não vamos à Missa admirar pessoas; e aplaudí-las e dizer: "de novo! de novo! maravilhoso!excelente!" Isso é adequado para um auditório, para um teatro."

"As passoas que estão discutindo a dança litúrgica deveriam usar o seu tempo rezando o Rosário (...) ou lendo um dos documentos do Papa sobre a Sagrada Eucaristia".



Agora eu pergunto! E ai o que chamam de forma indevida de dança Litúrgica é permito ou não?

Infelizmente vemos algumas comunidades novas como a Shalom, ou até mesmo alguns MEMBROS de movimentos como a Renovação Carismática Católica, entre outros ou algumas pastorais da igreja como PJ-PJMP que defende essas danças. Não quero julgar ninguém, mas faço o mesmo convite que o Cardeal fez, em vez que perde tempo querendo ignorantemente convencer a população de que a Dança "Litúrgica" - que de litúrgica não tem nada - é boa, é aceitada pela igreja, vamos gastar esse tempo levando os jovens ao Deus verdadeiro, a Jesus Eucarístico, no lugar de dizer que isso atrai a juventude, e digo como jovem que sou, que em nada me atrai, pelo contrario, as vezes afasta um pouco, não que eu vá sair da igreja por causa disso, não claro que não, nem sou protestante, essas danças cortam todo o sentido da Santa Missa!


Tentem imaginar isso, o Papa Bento XVI, ou São Cura D'Ars ou São Pe. Pio celebrando com essas danças... difícil neh? Os três tem a verdadeira visão da Santa Missa, São Pe. Pio dizia confirmando a doutrina da Igreja que a Missa é o continuo Sacrifício da Cruz, o próprio calvário, ai pergunto tinha algum cristão dançando enquanto Jesus morria? ele(Pe. Pio) também ensina como devemos assistir a Santa Missa dizia ele quando foi perguntado como devemos assistir a Santa Missa : "Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz. "! E ai você teria assistido como? Com piedade e contrição, ou dançando!?

Obs1: Mostrei a opinião oficial da Igreja, nada que venha de uma pessoa, ou de um padre ou bispo ou conferencia de Bispos, mas a visão de Roma, do vaticano, e esta deve ser respeita!

Obs2: Note que na epoca do video o Cardeal Arinze ainda era presidente da congregação, e a visão da mesma não mudou, ou seja, continua inadmissível a dança na LITURGIA, ou seja, não falo de apresentação que como o Cardeal falou podem ser feitas em outro lugar, por mais que ele fale somente em America do Norte para a proibição, mas a que ele classifica como aceitável é só para a África e a Ásia, mas como ele falou NÃO É DANÇA!

Para finalizar coloco uma frase de um doutor da igreja, Santo Agostinho!
"Roma locuta, causa finita"(Roma falou, a causa acabou)!




Romário Kionys de Freitas Dias
Escravo por Amor de Jesus em Maria

Para citar este artigo:
DIAS, Romário Kionys de Freitas. Dança Litúrgica pode? In: < http://perecclesiaeunitate.blogspot.com/> 03.12.2010

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Carta ao Papa e Ano Mariano

[FonteCor Mariae]

Por: Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Penso que seja extremamente oportuna a iniciativa do meu querido irmão, Padre Rodrigo Maria, de suplicar ao Papa Bento XVI a graça de um novo Ano Mariano para 2012-2013.
Tenho ainda na lembrança as graças imensas que pude colher do Ano Sacerdotal que vivemos, por ocasião do aniversário de 150 anos da morte de São João Maria Vianney (Padroeiro dos Párocos), e que teve muitíssimos frutos de conversão na vida de tantos padres. Um novo Ano Mariano comemorando, em 2012-13, recordando os 25 anos do último ano mariano proclamado pelo servo de Deus o Papa João Paulo II e comemorando os 300 anos do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Montfort, seria um verdadeiro tempo de graça para a Santa Igreja de Deus.
O Ano Mariano em 2012 seria uma grande oportunidade de reavivar a Devoção a nossa Mãe Santíssima no coração dos católicos e  propagar a prática da Consagração Total a Ela, como é ensinado pelo próprio São Luis.
Seria uma forma muito prática de responder aos apelos que a Virgem Santíssima fez em Fátima (1917): “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Coração Imaculado. (…) Se fizerdes o que vos digo, muitas almas se salvarão e terão paz.”
Pois como diz o próprio São Luis, “foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio Dela que Ele deve reinar no mundo. (…) Por Ela Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” (“Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, n. 1; 85)
Por estas razões, gostaria de me unir a esta iniciativa do Pe. Rodrigo Maria, e convidar você, caríssimo irmão e irmã, a enviar também a sua carta ao Santo Padre Bento XVI, através dos endereços que se encontram abaixo.


Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
——-
A Sua Santidade Bento XVI
Palazzo Apostolico
Città del Vaticano (Europe)


(Enviar cópia para:)
Ao Rev.mo Monsignore
Mons. Ettore Balestrero
Sotto-Segretario per i Rapporti con gli Stati
Segreteria di Stato
Città del Vaticano (Europe)
——–

Que reine em nossos corações o puro amor de Deus!


Aos católicos, movimentos, associações e a todos que ainda conservam a fé e acreditam no amor.
Caríssimos irmãos diante da situação dramática na qual se encontro o nosso mundo; tendo diante de nossos olhos o aumento da iniquidade, o avanço do mal, a destruição dos valores, a perca da fé e o esfriamento da caridade, somos impelidos a perguntar: Até quando isso continuará? O que podemos fazer para que tudo isso mude? Para que o mal seja superado e o amor volte a prevalecer? O que fazer para que Jesus seja mais conhecido, amado e adorado por todos?
Na verdade Deus já nos deu a resposta! Em meio a esta batalha espiritual O Senhor mesmo estabeleceu sua estratégia para esmagar a cabeça do inimigo, neutralizar a ação do mal. E estender seu reinado nos corações. Ele nos deu uma mãe!
O próprio Jesus consagrou a Igreja aos cuidados de sua mãe Santíssima (“Eis aí a tua mãe”, Jo 25,19), colocando-nos sob sua autoridade, fazendo de nós seus filhos na ordem da Graça, entendendo sua maternidade espiritual sobre todos os corações para que ela nos ensinasse a amar a Deus em verdade levando-nos a fazer tudo quanto Jesus mandou.
Em Fátima (1917) a Santíssima Virgem nos recordou a vontade de Deus e sua estratégia para vencer o inimigo em meio a esta guerra espiritual; Ela nos disse: “Meu filho quer estabelecer ao mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Eis o remédio para os nossos tempos! Uma verdadeira devoção a Santíssima Virgem. Uma devoção que nos coloque em seu colo, ou melhor, na escola de seu Imaculado Coração, onde devemos aprender o verdadeiro amor a Deus, tornando-nos cristãos autênticos, santos, a altura dos tempos difíceis em que vivemos. O mundo precisa de santos… e Deus determinou que estes fossem formados na escola do Imaculado Coração de sua Mãe Santíssima.
A Total Consagração é um meio privilegiado para se entrar no coração da Santíssima Virgem, pois por este meio, nós aceitamos livremente a maternidade espiritual de Nossa Senhora sobre nós, assumindo a condição de filhos como Jesus determinou. Se os cristãos conhecessem e vivessem a Total consagração a Santíssima Virgem, aprenderiam com a Mãe do Céu a amar a Deus e ao próximo como Jesus ensinou.


Jesus quer que se estabeleça no mundo a devoção ao coração de sua Mãe Santíssima. Como fazer?
Em 2012, o “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem” escrito por São Luís Grignion de Montfort completará 300 anos, dando – nos uma singular oportunidade para difundir a devoção ali tão sublimemente ensinada. A concretização deste desejo do coração de Jesus expresso por Nossa Senhora e Fátima, tomará grande impulso, se conseguíssemos junto Santo Padre a graça de um ano Mariano de 2012 a 2013. Pois a exemplo do que aconteceu no ano sacerdotal, toda Igreja se volta para meditar a pessoa e a missão da Santíssima Virgem, tal como apresenta o padre de Montfort que por sua vez, poderia ser apresentado como exemplo de devoção a Santíssima Virgem, e por isso mesmo, de amor a Jesus Cristo.
Irmãos, peçamos ao Santo Padre a Graça de um Ano Mariano em 2012 para que venha ao mundo o esperado Triunfo do Imaculado Coração de Maria e consequentemente o reinado de Jesus em cada coração. Falemos com todos para que enviem carta ao Santo Padre, o Papa, bem como para os cardeais; para os nossos bispos, padres, comunidades, associações e movimentos, pedindo a estes que façam o mesmo, ou seja, que envie ao Santo Padre e aos Cardeais um pedido para que em 2012 – 2013 sejam decretado Ano Mariano.
Segue em anexo um modelo de carta que foi enviada ao Santo Padre pedindo a Graça do Ano Mariano em 2012-2013.


Nos corações de Jesus e Maria,
Pe. Rodrigo Maria


Fraternidade Arca de Maria
——-
Recife, 21 de Setembro de 2010.

A Sua Santidade

Papa Bento XVI


Beatissime Pater,
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Desejosos de contribuir com o retorno da humanidade a Cristo e com a restauração da Fé entre os batizados, queremos suplicar a Vossa Santidade a graça da proclamação de um Ano Mariano em 2012-2013 , quando o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luis Maria Grignion de Montfort completará 300 anos, bem como fará exatos 25 anos do último Ano Mariano que a Santa Igreja viveu (1987-1988), convocado pelo saudoso Papa João Paulo II.
A exemplo do que ocorreu no Ano Sacerdotal (2009-2010), quando toda  Igreja meditou sobre a natureza e importância do sacerdócio cristão – havendo sido proposta a figura de são João Maria Vianney como modelo para os sacerdotes – um Ano Mariano que propusesse a Total Consagração a Jesus por Maria seria ocasião para renovação espiritual de todo povo e incremento de uma nova evangelização .
A Total Consagração ou Santa Escravidão de amor, como é ensinada pelo padre de Montfort é de uma perene atualidade pastoral uma vez que é radicada na renovação das promessas batismais, tornando-se assim meio privilegiado para recuperação da consciência de nosso batismo, bem como de nossa vocação a bem-aventurança eterna.
A proclamação de um Ano Mariano para toda a Igreja tornar-se-ia também uma resposta positiva ao desejo de Nosso Senhor expresso por sua Mãe Santíssima aos pastorinhos de Fátima em 1917, a qual disse : “Meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.  De fato, a total consagração a Santíssima Virgem traduz muito bem aquela santa dependência que Jesus quis que tivéssemos para com sua Mãe Santíssima a fim de que na escola de seu Imaculado Coração aprendessemos a fazer bem tudo quanto Ele mandou.
Por ser completamente cristocêntrica a devoção à Santíssima Virgem como é proposta por São Luis de Montfort, encontrou no Papa João Paulo II um grande acolhimento, aprovação e recomendação, ao ponto de tornar-se sua dileta via espiritual, mostrando mais uma vez sua atualidade.
Santidade, tudo que os nossos dias precisam é de verdadeiros seguidores de Cristo, de homens e mulheres santas que vivam o seu batismo, que amem a Santa Igreja e a humanidade e que não tenham medo de crer e viver a fé. E não temos duvidas que estes devem ser formados na bendita escola do Imaculado Coração de Maria, pois foi Cristo quem por primeiro nos consagrou e nos confiou aos cuidados desta Mãe Santíssima a fim de que ela nos ensinasse a amar a Deus de verdade.
Padre Santo, estamos em continua oração por Vossa Santidade e por Sua missão.
Em espírito de filial submissão, de joelhos, pedimos Sua Bênção paternal.
Nos corações de Jesus e Maria,

Padre Rodrigo Maria

Fraternidade Arca de Maria