quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Missa solene no pós-guerra alemão



Esta foto vale mais do que um trilhão de livros em defesa da sacralidade na Missa e da obediência das rubricas.

Em pleno pós-guerra, em uma igreja destruída, a Catedral de Münster, na Alemanha, com milhares de pessoas sofrendo e passando fome, a Missa é celebrada com toda a dignidade e sobriedade, como convém a um SACRIFÍCIO.

Isso mostra como são falaciosos os argumentos de que se celebram Missas de qualquer jeito, no Brasil, por causa da pobreza, da ausência dos paramentos etc. Aliás, os paramentos que não existem em certas paróquias não estão mais lá porque foram jogados fora, doados, vendidos etc.

Missa deve ser sacra, solene, sóbria, com canto decente - de preferência gregoriano ou polifonia -, com amplas doses de latim - quando não totalmente -, versus Deum - ou, quando versus populum, com tanta reverência no olhar que se esteja coram Deo -, com cumprimento rigoroso e integral das rubricas. Missa não é show, não é nossa propriedade. Sejamos seus servidores, não seus donos. Para a maior glória de Deus.

Postado no blog Salvem a Liturgia por Rafael Vitola Brodbeck

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A túnica inconsútil de Cristo [A Unidade da Igreja - VII]

7 - A túnica inconsútil de Cristo


(1) Este sacramento da unidade, este vínculo de concórdia inviolada e sem rachadura, é figurado também pela túnica do Senhor Jesus Cristo. Como lemos no Evangelho, ela não foi dividida, nem, de modo algum, rasgada, mas sorteada. Isto quer dizer que quem toma a veste de Cristo e tem a dita de se revestir do próprio Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], deve receber a sua túnica toda inteira e possuí-la intacta e sem divisão.

(2) Diz a divina Escritura: "Quanto à túnica, visto que, desde a parte superior, era feita de uma única tecedura, sem costura alguma, disseram: não a dividamos, mas lancemos-lhe a sorte para ver a quem toca" (Jo 19,23-24). A unidade da túnica derivava da sua parte superior - em nosso caso, do céu e do Pai celeste. Aquele que a recebia e guardava não podia rasgá-la de modo nenhum, de fato ela era resistente e sólida por ser constituída de um modo inseparável.

(3) Não pode possuir a veste de Cristo aquele que rasga e divide a Igreja de Cristo.

(4) O contrário aconteceu à morte de Salomão, quando o seu reino e o povo deviam ser divididos. O profeta Aías, indo ao encontro do rei Jeroboão no campo, cortou o seu manto em doze partes, dizendo: "Toma para ti dez partes, porque assim diz o Senhor: eis que eu divido o reino da mão de Salomão, a ti darei dez cetros e dois ficarão para ele, por causa do meu servo Davi e de Jerusalém, a cidade eleita em que eu pus o meu nome" (1Rs 11,30-36). Para separar as doze tribos de Israel, o profeta dividiu o seu manto.

(5) Mas o povo de Cristo não pode ser dividido, e por isso a sua túnica, que era um todo feito de uma só tecedura, não foi dividida por aqueles que a deviam possuir. Ficando uma só, bem firme na sua contextura, ela mostra a união e a concórdia do nosso povo, isto é, daqueles que são revestidos de Cristo. Por este sinal sagrado da sua veste, proclamou ele a unidade da Igreja.