quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CNBB, Regional Nordeste 2 divulga nota de prevenção a Gripe A



CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – REGIONAL NE 2



NOTA AOS FIÉIS SOBRE A PREVENÇÃO DA GRIPE A (H1N1)


Os fiéis que apresentarem sintomas de gripe devem evitar o comparecimento aos encontros da Paróquia (Missas, reuniões), mesmo em dia de domingo, devendo procurar, o quanto antes, a Unidade de Saúde mais próxima para um diagnóstico seguro sobre o tipo de gripe ou resfriado que têm. Eles poderão sempre unir-se à celebração da Santa Missa através do Rádio ou da Televisão. Os pais devem ter igual cuidado, com relação às crianças da Catequese.

1. Cuide-se, na medida do possível, que as Igrejas e locais de celebrações e de reuniões estejam bem arejados, com janelas e portas abertas.

2. Os Celebrantes e os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, antes da celebração, devem lavar, cuidadosamente, as mãos e, imediatamente, antes da distribuição da Santa Comunhão, lavar as mãos com o álcool gel, que deverá ser utilizado novamente após a distribuição da Eucaristia.

3. Não se deve receber a Sagrada Hóstia diretamente sobre a língua, mas somente na palma da própria mão. O fiel deve imediatamente levar a Partícula à própria boca, comungando na frente do Sacerdote ou Ministro.

4. Igualmente, não se distribua a Sagrada Comunhão sob as duas espécies, não permitindo que o fiel, uma vez recebida a Hóstia, a molhe no Cálice, nem entregando ao fiel a Hóstia previamente molhada no Precioso Sangue.

5. Sejam omitidos, nas celebrações, o abraço da paz e as orações de mãos dadas.

6. Até segunda ordem, não devem ser enchidas as pias de água benta, nas entradas das Igrejas. As pessoas que desejarem, peçam ao Sacerdote para benzer água, que utilizarão em particular, nas próprias casas.

7. Os Párocos procurem divulgar, nos quadros de avisos das Igrejas e nas Secretarias Paroquiais, as orientações sobre a prevenção da gripe A (H1N1), fornecidas pelas Autoridades Sanitárias.

Estas disposições, de natureza pastoral, estarão em vigor enquanto perdurar o risco de contaminação por esta doença que, - todos desejamos -, seja o mais breve possível. Sobre todos invocamos a Benção e a Proteção do Deus da Vida.

Recife, 17 de Agosto de 2009.

Província Eclesiástica de Olinda e Recife

+ Antônio Fernando Saburido OSB., Arcebispo de Olinda e Recife
+ Paulo Cardoso da Silva OCarm., Bispo de Petrolina
+ Bernardino Marchió, Bispo de Caruaru
+ Adriano Ciocca Vasino, Bispo de Floresta
+ Genival Saraiva de França, Bispo de Palmares e Secretário do Regional
+ Francesco Biasin, Bispo de Pesqueira
+ Severino Batista de França OFMCap., Bispo de Nazaré
+ Fernando Guimarães CSsR., Bispo de Garanhuns
Mons. João Carlos Acioly Paz, Administrador Diocesano de Afogados da Ingazeira

Província Eclesiástica da Paraíba

+ Aldo Di Cillo Pagotto, SSS, Arcebispo da Paraíba
+ José González Alonso, Bispo de Cajazeiras
+ Jaime Vieira Rocha, Bispo de Campina Grande e Vice-Presidente do Regional
+ Manoel dos Reis de Farias, Bispo de Patos
+ Francisco de Assis Dantas de Lucena, Bispo de Guarabira

Província Eclesiástica de Maceió

+ Antônio Muniz Fernandes OCarm, Arcebispo de Maceió e Presidente do Regional
+ Valério Breda SDB, Bispo de Penedo
+ Dulcênio Fontes de Matos, Bispo de Palmeira dos Índios

Província Eclesiástica de Natal

+ Matias Patrício de Macêdo, Arcebispo de Natal
+ Mariano Manzana, Bispo de Mossoró
+ Manoel Delson Pedreira da Cruz OFMCap., Bispo de Caicó

Fonte: http://www.cnbbne2.org.br/noticias_2009/not_ago/19.htm

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Entendendo os Mistérios da Missa

Caríssimos leitores, nos últimos dias tenho sido indagado - sobretudo por aqueles que, comigo, assistem as Missas Feriais na Catedral diocesana de Mossoró - a respeito do mistério da Santa Missa, dos ritos bem como de sua ligação com o sacrifício de Cristo, o qauís eu tanto defendo. Alguns até se escandalizam quando se fala que Missa é o Calvário, eis um artigo que, além de bastante esclarecedor, fá-lo-á entender o Santo Sacrifício de uma forma diferente.


Segundo as “Novas Horas Marianas” pelo Pe. J.J. Roquete

Winterberg, Tchecoslovaquia

Casa Editora Catholica

J.STEINBRENER

Imprimatur de S.S. Pio X

Quando o sacerdote sai revestido da sacristia, representa o Cristo, quando saiu do ventre virginal de Nossa Senhora ao mundo, ou quando subiu ao monte Calvário para cumprir os mistérios de nossa redenção.

O barrete representa a coroa de espinhos que por zombaria colocaram no Senhor.

O amito significa o véu com o qual os soldados lhe vendaram os olhos.

A alva representa a veste branca que por escárnio Herodes mandou que o vestissem.

O cíngulo significa a corda com que ataram o Senhor, quando o prenderam e levaram preso para Jerusalém, ou também, a corda com o qual o amarraram a coluna para açoitá-lo.

A estola significa a corda que lançaram ao seu santo pescoço, quando lhe impuseram a cruz às costas.

A casula significa a túnica que retiraram de Cristo para crucificá-lo, e o manto que os soldados colocaram para zombar D’Ele.

O galão da casula representa a própria Cruz.

O Altar e a Pedra D’Ara significam a Cruz onde Nosso Senhor foi pregado.

A Cruz colocada sobre o altar lembra ao sacerdote que ele deve assemelhar-se ao Cristo Crucificado.

As santas alfaias significam o sudário em que o Senhor foi envolto.

O cálice representa o sepulcro.

A patena significa a pedra com que se fechou o sepulcro.

A hóstia e o vinho significam o Corpo e o Sangue de Cristo, no qual se hão de converter; e a água que se deita no cálice significa a que saiu de seu Divino lado.

As velas acesas significam a fé viva que deve animar os féis que assistem ao incruento sacrifício da Missa.

ORAÇÃO PARA ANTES DA MISSA

Meu Senhor Jesus Cristo, Criador e Redentor nosso, vosso amor é tão abra-sado pelos homens, que não satisfeito de terdes descido do céu a terra, e vestido a nossa mortalidade, para que unida com ela vossa divindade satisfizesse a justiça de vosso eterno Pai ofendida, cujo mistério inefável se consumou no Calvário, em que sofrestes morte de Cruz para nos dar a vida da glória; quisestes ainda deixar uma perpétua memória deste sanguinolento Sacrifício, consagrando vosso Santíssimo Corpo e Sangue antes da hora de vossa dolorosa paixão e trânsito da morte, que agora significa o santo sacrifício da Missa, e consagração do Santíssimo Sacramento, que o Sacerdote cada dia oferece pelos féis vivos e defuntos. Fazei-me, pois digno, ó Senhor meu Jesus Cristo, por vosso divino amor, de que eu possa ouvir e ver celebrar o santo sacrifício da Missa com atenta devoção e coração agradecido, e ter presente em minha memória vossa santíssima vida, paixão e morte, que nesta hora se apresenta pelo Sacerdote; e para que eu possa reverenciar e louvar os divinos Mistérios do incruento Sacrifício, com o Sacerdote e todos os circunstantes, gozando do seu fruto em minha alma, e oferecer minhas orações e obras devotamente em honra e glória de vossa divina e soberana Majestade. Recebei em satisfação de minhas culpas, e em ação de graças por tantos benefícios que de vossas mãos continuamente recebo.

Oferecei ó meu amantíssimo Salvador, a vosso santíssimo Pai celestial vossa inocente vida, dolorosa paixão, e cruel morte, com a qual haveis satisfeito por todos nossos pecados. Recebei, pois, ó Deus Pai misericordioso este santíssimo Sacrifício de vosso Unigênito Filho em satisfação de meus pecados e dos de todo o mundo, e salvai-nos pelos merecimentos de tão preciosa Vítima, recebei-nos com todos os santos escolhidos e bem-aventurados na glória do Paraíso Celestial, onde viveis e reinais com vosso Filho, em unidade com o mesmo Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

AO SAIR O SACERDOTE DA SACRISTIA E CAMINHAR PARA O ALTAR, EM QUE REPRESENTA CRISTO QUANDO SAIU DO CLAUSTRO VIRGINAL DE NOSSA SENHORA, E APARECEU AO MUNDO FEITO HOMEM.

Eu vos adoro, divino Salvador, descendo ao seio do eterno Pai, nascendo de uma Virgem e aparecendo no mundo feito homem, para nos instruirdes com o vosso exemplo, ensinardes vossa doutrina, e resgatardes com o vosso Sangue; fazei Senhor, que vosso exemplo me confunda, vossa doutrina me guie sempre, e vosso Sangue não seja para mim inútil, aproveitando-me para a vida eterna. Amém.

AO COMEÇAR O SACERDOTE DIRÁ A CONFISSÃO, AO DIZER REPRESENTA COMO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO TOMOU SOBRE SI NOSSOS PECADOS E PAGOU POR ELES.

Deus e Senhor meu, eu me apresento diante de vossa divina Majestade, como o Publicano, confessando-me como o maior de todos os pecadores e pedindo-vos perdão de minhas grandes culpas as quais tomastes sobre vossos ombros para pagar por mim. Lavai-as, Senhor, com a água de vossa divina graça, para que devotamente vos contemple nesta Santa Missa, e por todos sempre vos louve. Amém.

AO GLÓRIA QUE REPRESENTA O CÂNTICO DOS ANJOS E SERAFINS NO NASCIMENTO DO FILHO DE DEUS.

Glória a vós, Senhor, no céu e paz na terra aos homens: glória a vós, dulcíssimo Jesus, pois quisestes fazer-vos homem, e nascer das puríssimas entranhas da Virgem Maria, para me remir da culpa. Os anjos vos louvem; os Querubins e os Serafins e todos os espíritos celestes vos bendigam. Fazei, Senhor, que eu com eles sempre cante a vossa glória. Amém

AO DOMINUS VOBISCUM QUE SE FIGURA A BONDADE DE DEUS EM SE COMUNICAR AOS HOMENS E A ADORAÇÃO DOS REIS MAGOS.

Senhor meu Jesus Cristo, que para salvar o gênero humano viestes ao mundo, e com uma nova estrela guiastes os três reis magos até o lugar do vosso nascimento, onde eles vos encontraram reclinado em pobre presépio; guiai-me com a luz de vossa graça, para que, adorando-vos, e confessando-vos na terra por meu Criador e Salvador, Deus e Homem verdadeiro, vá depois gozar da luz celeste que iluminas os escolhidos por toda a eternidade. Amém.

AS PRIMEIRAS ORAÇÕES (COLETA) REPRESENTAM A APRESENTAÇÃO DO SENHOR AO TEMPLO.

Pai Eterno, que em vossa santo templo recebestes ao vosso Unigênito Filho com sua santíssima Mãe, para que cumprissem com a cerimônia da lei de purificação; fazei, Senhor, que minha alma, como filha vossa seja digna oferta em vosso templo, imitando a Jesus, Maria e José, na sua santíssima vida. Amém.

A EPÍSTOLA LEMBRA A PREGAÇÃO DOS APÓSTOLOS.

Ó dulcíssimo Jesus, que enviastes os vossos Apóstolos para pregarem o perdão dos pecados, compadecei-vos de mim grande pecador; todas as minhas culpas lanço no mar imenso de vossa misericórdia, e humildemente vos suplico que me deis um verdadeiro arrependimento e emenda, e me olheis com olhos de piedade, para que de ora em diante nunca mais vos ofenda, e sempre vos louve. Amém.

AO EVANGELHO QUE SIGNIFICA A DOUTRINA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO ANUNCIADA AO MUNDO.

Ó divino Mestre e Redentor nosso, que tanto aos judeus como aos gentios anunciastes vossa lei santíssima, abri outra vez vossa sacrossanta boca e falai, Senhor, para que vosso servo ouça; iluminai-me para que eu guarde vossa sagrada doutrina e faça com que por ela nos ensinais, e como discípulo vosso vos bendiga e louve. Amém.

AO CREDO QUE REPRESENTA OS FRUTOS DO ANÚNCIO EVANGÉLICO.

Ó Redentor nosso, que para salvação das almas, andastes pelo mundo com imensos trabalhos, pregando a lei da graça; concedei-me, Senhor, por vossa misericórdia, valor para guardar vossa santa lei e confessá-la diante de vossos inimigos; e que vos louve por todo sempre vosso santo nome. Amém.

AO OFERTÓRIO QUE SIGNIFICA QUE A DOUTRINA DE CRISTO É ORIGEM DA FÉ E TESTEMUNHO DAS OBRAS.

Ó eterna sabedoria do Pai, cuja doutrina vossos santos creram de todo o coração, confessaram com a boca, e testemunharam com as obras; eu vos rogo, Senhor, me deis uma viva, para que firmemente creia em tudo que vós ensinastes, e confessando-o com a boca, o confirme com as obras para honra e glória vossa. Amém.

AO LAVABO QUE SIGNIFICA A CONDENAÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO POR PÔNCIO PILATOS.

Recebei, Senhor, este sacrifício, que vos oferecemos por nossas culpas, lavai todas as minhas manchas; dai limpeza de coração, tirai-me a afeição desordenada das criaturas, para que ponha toda em vós, que sois meu Criador, vos ame, obedeça e imite, e no fim da vida vos goze por toda a eternidade. Amém.

AO ORATE FRATRES QUE INDICA COMO OS FIÉIS POSSUEM PARTE NO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA.

Ofereço-vos, Deus meu, este sacrifício por todos os fins e motivos que vós quereis que eu ofereça, rogando por mim pecador, por meus pais, irmãos, parentes e defuntos, e por todos os que estão em agonia de morte, para que acabem em vossa graça. Amém.

AO PREFÁCIO QUE SIGNIFICA A ENTRADA DE CRISTO EM JERUSALÉM, QUANDO OS JUDEUS CANTARAM HOSANA.

Ó piedosíssimo Rei de Israel, em cuja entrada triunfante em Jerusalém lançavam suas capas e vestes vistosas pelas ruas cantando: “Hosana nas alturas! Bendito seja o que vem em nome do Senhor!”. Eu vos suplico, Senhor, que triunfeis em minha alma, para que possa um dia cantar com os vossos escolhidos: Hosana nas alturas! Bendito seja o Senhor Deus Onipotente! Amém.

AO CANON QUE REPRESENTA O INÍCIO DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, NOSSO BEM.

Ó fidelíssimo Pastor de nossas almas, que amastes vossas ovelhas até o ponto de morrer para remi-las, padecendo primeiro inumeráveis injúrias e afrontas; eu vos rogo, Senhor, que me deis graça para sofrer por vosso amor todas as adversidades e calúnias que contra mim se levantarem, para que depois da morte descanse no seio de vossa glória, e vos bendiga por toda a eternidade. Amém.

ENQUANTO O SACERDOTE DIZ O MOMENTO PELOS VIVOS.

Aceitai, Senhor, este santo Sacrifício pela intenção que suplico, enquanto a parte satisfatória. E pelo que respeita a parte meritória e impetratória, rogo-vos, Senhor, que atendendo ao mesmo Sacrifício, vos lembreis de mim, de meus pais, irmãos, irmãs, parentes, amigos e benfeitores...de todos a quem fui molesto, ou servi de escândalo, e ocasião de pecado, tanto em comum como em particular...de todos os sacerdotes e ministros da Santa Igreja...de todos os meus inimigos, aos quais perdôo de todo meu coração...de todos os hereges e infiéis, para que se convertam...e de todos os mais por quem vós quereis e sabeis que eu devo orar.

ANTES DA CONSAGRAÇÃO, FIGURA-SE O CORDEIRO PASCAL AINDA NÃO IMOLADO.

Bendito sejais, suavíssimo Jesus, pois em sua última ceia cumpristes a figura do cordeiro pascal, e destes aos apóstolos vossa carne e sangue; eu vos rogo que me façais participante deste santo Sacramento e assim possais viver em mim, e eu em vós, louvando-vos eternamente. Amém.

NA ELEVAÇÃO DA HÓSTIA, LEMBRA-SE O CRISTO LEVANTADO NA CRUZ.

Eu vos adoro, sagrado Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, que na ara da Cruz fostes digna Hóstia para redenção do mundo.

NO INTERVALO DA ELEVAÇÃO DA HÓSTIA E DO CÁLICE.

Alma de Cristo...por todos os séculos dos séculos. Amém.

A ELEVAÇÃO DO CÁLICE LEMBRA-SE O SANGUE JORRADO POR CRISTO NA CRUZ ATRAVÉS DE SUAS CHAGAS.

Eu vos adoro, preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo que, derramado na ara da Cruz, lavastes nossos pecados. Amém.

ENQUANTO DIZ O SACERDOTE O MOMENTO PELOS MORTOS.

Aceitai, Senhor, este Sacrifício pela intenção a que o aplico, em quanto à parte satisfatória. E pelo que respeita a sua parte imprecatória, rogo-vos, Senhor, que vos lembreis das almas de meus pais, irmãos, irmãs, parentes, amigos e benfeitores...das almas que por ocasião de alguma culpa minha, padecem no Purgatório...das almas que me estivessem recomendadas, tanto em comum como em particular...das almas dos sacerdotes e ministros da Santa Igreja...das almas que saíram de seus corpos com mortes repentinas. Das almas esquecidas, ou de que não há particular memória...em suma, de todas as almas que padecem no Purgatório, e particularmente daquelas pelas quais quereis e sabeis que eu devo rezar. Amém.

QUANDO O SACERDOTE ESTENDE AS MÃOS SOBRE A HÓSTIA E SOBRE O CÁLICE, O QUE REPRESENTA A CONTINUAÇÃO DA PAIXÃO DE CRISTO E SUA MORTE.

Ó amantíssimo Jesus, graças vos dou pela extensão de todos os vossos membros na Cruz, pela abertura das mãos e dos pés, e costado, pela efusão de sangue e água; pela Cruz e morte dolorosa. Isto vos ofereço por meus pecados, e pelos de todo o mundo, e vos rogo que me deis paciência nas adversidades até a morte por vosso amor. Amém.

NA SEGUNDA ELEVAÇÃO DA HÓSTIA E DO CÁLICE LEMBRAMOS COMO JOSÉ E NICODEMOS DESCERAM NOSSO SENHOR DA CRUZ.

Obedientíssimo Jesus, eu vos rogo que me deis a graça de ajudar-vos a descer da Cruz para emenda de minhas culpas, e para que mereça depositar-vos no sepulcro de meu coração, para que nunca me separe de vós. Amém.

AO PATER NOSTER, QUE SIGNIFICA AS SETE PALAVRAS DE CRISTO NA CRUZ.

Ó bom Jesus, pelas sete palavras que na Cruz dissestes, dai a graça de que eu perdoe aos que me ofendem; dai, como ao bom ladrão, o paraíso e a vida eterna; guardai-me como Filho adotivo de vossa Mãe Maria Santíssima; livrai-me de todo o mal, e levai-me à vida eterna. Amém.

APÓS O PATER NOSTER LEMBRA-MOS COMO CRISTO DESCEU A MORADA DOS MORTOS E TIROU DE LÁ OS SANTOS PATRIARCAS.

Ó doce Jesus, cuja alma santíssima unida com a divindade, desceu aos infernos para tirar as almas dos santos pais, eu vos rogo, Senhor, que tireis também a minha do abismo de suas culpas; livrai-me do inferno e das penas do purgatório, para que quantos antes com os santos Patriarcas, e com todos os escolhidos vos louve na glória eterna. Amém.

QUANDO O SACERDOTE PARTE A SAGRADA HÓSTIA; QUE SIGNIFICA COMO JESUS CRISTO DIVIDIU O PÃO PARA OS DISCÍPULOS EM EMAÚS.

Deus meu, pois sois guia para encaminhar aos que se apartarão do verdadeiro caminho; eu vos rogo que, assim como guiastes a vossos Discípulos, assim sejais meu guia em tudo, e por meio de santas inspirações vos conheça e louve. Amém.

QUANDO O SACERDOTE DIZ PAX DOMINI QUE SIGNIFICA A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO RESSUSCITADO AOS SEUS AMIGOS, DANDO-LHES A PAZ.

Ó glorioso Jesus, que abristes a porta da vida eterna com a vossa gloriosa ressurreição, a qual anunciastes aos vossos Apóstolos, dando-lhes a paz; eu vos suplico, Senhor, façais que minha alma ressuscite convosco para uma vida plena da graça, e nunca vos ofenda. Amém.

AO AGNUS DEI, QUE SIGNIFICA COMO JESUS CRISTO DEU PODER A SEUS APÓSTOLOS PARA PERDOAR OS PECADOS.

Ó paciente Jesus, que apareceu no meio de vossos Discípulos, dando-lhes a paz, e o poder de absolver os pecados dai poder de vencer e aniquilar todos os vícios e como bom pastor, conduzi-me ao vosso celestial rebanho. Amém.

QUANDO O SACERDOTE COMUNGA MEDITAMOS CRISTO COMENDO COM SEUS APÓSTOLOS, ANTES DA ASCENÇÃO GLORIOSA.

Ó dulcíssimo convite de nosso Senhor Jesus Cristo, eu vos adoro, e vos rogo bom Jesus, retireis de minha alma tudo o que vos for contrário, para que com vossos Discípulos goze das infinitas graças deste sacrossanto Sacramento, e de vós goste, Viático de minha peregrinação. Amém.

NA PURIFICAÇÃO LEMBRA-SE COMO JESUS CRISTO SUBIU AO CÉU POR SUA PRÓPRIA VIRTUDE.

Ó dulcíssimo Jesus, que depois de vossa Ressurreição, com a vossa própria virtude, levantadas às mãos ao Céu, quisestes subir para o vosso Eterno Pai, eu vos rogo, Senhor, levai convosco minha alma, para que, apartada das coisas terrenas só contemple as celestes, para que sempre vos louve. Amém.

AS ÚLTIMAS ORAÇÕES, REPRESENTAM CRISTO INTERCENDENDO POR NÓS, JUNTO AO ETERNO PAI, COMO NOSSO INTERCESSOR.

Ó divino Salvador e Redentor nosso vós que, segundo nos anunciou vosso Apóstolo, sois o nosso Medianeiro e Advogado perante o trono de vosso eterno Pai, suspendei, Senhor, a sua justiça, que tantas vezes provocamos com as nossas iniqüidades, e alcançai-nos, do tesouro de sua misericórdia, perdão para os nossos pecados, graça para perseveramos na observância de vossa divina lei, e a recompensa que, como justo Juiz destinais aos que a observarem. Amém.

QUANDO O SACERDOTE DÁ A BENÇÃO, ELE REPRESENTA CRISTO QUE ENVIA O ESPIRÍTO SANTO.

Ó mediador nosso, Senhor meu Jesus Cristo, que de vosso eterno Pai alcançastes que enviasse a vossos Apóstolos o divino Consolador em línguas de fogo; eu vos rogo, Senhor, me façais participante deste santo amor, para que dignamente vos sirva e louve. Amém.

AO EVANGELHO DE SÃO JOÃO, NO QUAL É ANUNCIADO OS MISTÉRIOS DA DIVINDADE E HUMANIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

Ó Jesus, zelador ardente das almas, que mediante a pregação dos vossos Apóstolos anunciastes as nações os mistérios de vossa divindade e humanidade cuja comemoração se acaba de fazer neste santo sacrifício da Missa; por eles vos rogamos, Senhor, que nunca nos desampareis, antes nos leveis a vossa glória, onde sem o véu da fé vos vejamos face a face e com os anjos e santos cantemos os vossos louvores por toda eternidade. Amém.

OFERECIMENTO DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA.

Ó Clementíssimo e Soberano Criador do Céu e da Terra, eu, o mais vil de todos os pecadores, vos ofereço, juntamente com a Igreja, este precioso Sacrifício, que é vosso Unigênito Filho, por todos os pecados que tenho cometido e por todos os do mundo; e seja por modo de sufrágio pelas almas do purgatório. Amém.

sábado, 1 de agosto de 2009

'O demônio é o autor dos cismas' [A Unidade da Igreja - III]


3 - O demônio é o autor dos cismas


(1) Devemos, pois guardar-nos, irmãos caríssimos, não só dos males que aparecem claramente como tais, mas também, como já disse, daqueles que nos enganam pela sutileza da astúcia e da fraude.

(2) Pois bem, vede agora a que ponto chega à astúcia e a sutileza do inimigo. Veio Cristo ao mundo. Veio a luz para os povos e resplandeceu para a salvação dos homens [Lc 2,32]. Com isto ficou descoberto e derrotado o antigo adversário. Os surdos abrem os ouvidos às graças espirituais, os cegos abrem os olhos a Deus, os enfermos ficam são ao ganhar a saúde eterna, os coxos correm à Igreja, os mudos soltam as suas línguas na oração [Mt 11,5; Lc 7,22]. Aumenta dia a dia o povo fiel, abandonam-se os velhos ídolos, tornam-se desertos os seus templos.

(3) Então, o que faz o malvado? Inventa nova fraude para enganar os incautos com o próprio título do nome cristão. Introduz as heresias e os cismas para derrubar a fé, para contaminar a verdade e dilacerar a unidade. Assim, não podendo mais segurar os seus na cegueira da antiga superstição, os rodeia, os conduz ao erro por novos caminhos. Rouba à Igreja os homens e, fazendo-lhes acreditar que alcançaram a luz e se subtraíram à noite do século, envolve-os ainda mais nas trevas: não observam a lei do Evangelho de Cristo e se dizem cristãos, andam na escuridão e pensam que possuem a luz, nisto são iludidos e lisonjeados pelo adversário, que, como diz o Apóstolo, "se transfigura em anjo de luz" (2Cor 11,14).

(4) Disfarça seus ministros em ministros de justiça, ensina-lhes a dar à noite o nome de dia, à perdição o nome de salvação, ensina-lhes a propalar o desespero e a perfídia sob o rótulo da esperança e da fé, a apregoar o Anticristo com o nome de Cristo. Mestres na arte de mentir diluem com as suas sutilezas toda a verdade.

(5) Isto acontece, irmãos caríssimos, porque não se bebe a fonte mesma da verdade, não se busca aquele que é a Cabeça, nem se observam os ensinamentos do Mestre celestial.

S. CYPRIANUS CARTHAGINENSIS

"Joelhofobia"




Publicação original: Fevereiro de 2007

Autor: Francisco Dockhorn


No simbolismo litúrgico oficial da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, o ato de ajoelhar é o mais significativo gesto corporal de adoração à Nosso Senhor Jesus Cristo, Presente Verdadeiramente no Santíssimo Sacramento do Altar em Corpo, Sangue, Alma e Divindade (Catecismo da Igreja Católica, n. 1373-1381).

Tenho escutado, entretanto, repetidos relatos de situações que fiéis católicos tem passado tanto aqui no Brasil como em outros países, diante de sacerdotes e ministros da comunhão eucarística que tem negado ministrar o Corpo de Nosso Senhor à quem deseja recebê-Lo ajoelhado, muitas vezes determinando que o fiel se levante em plena fila da Sagrada Comunhão, fazendo-o passar por uma situação humilhante e constrangedora e gerando um escândalo enorme. Mas o que diz a lei da Santa Igreja à respeito disso?

A este respeito, a Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino publicou, em Julho de 2002 um documento proibindo a atitude de sacerdotes que negam ministrar a Comunhão a quem deseja receber Nosso Senhor ajoelhado. Diz o documento: "A recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado, é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos. (...) Mesmo naqueles países em que esta Congregação adotou a legislação local que reconhece o permanecer em pé como postura normal para receber a Sagrada Comunhão, ela o fez com a condição de que os comungantes desejosos de se ajoelhar não seria recusada a Sagrada Eucaristia. (...) A prática de ajoelhar-se para receber a Santa Comunhão tem em seu favor uma antiga tradição secular, e é um sinal particularmente expressivo de adoração, completamente apropriado, levando em conta a verdadeira, real e significativa presença de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo das espécies consagradas. (...) Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes, atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral." (Protocolo no 1322/02/L) Tal intervenção foi reiterada em 2003.

Também a instrução Redemptionis Sacramentum, instrução publicada pela mesma congregação em 2004, determina: "Qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé." (RS, n. 91)

Com efeito, a forma tradicional que a Santa Igreja tem de receber o Corpo de Nosso Senhor é de joelhos (e diretamente na boca), em sinal de adoração à Nosso Senhor. Se as normas litúrgicas atualmente permitem que se receba o Corpo de Nosso Senhor em pé, é preciso que tenhamos clareza que, se por um lado a concessão torna isso moralmente lícito, por outro lado isto é uma concessão à regra tradicional, e que aqueles que desejarem receber o Corpo de Nosso Senhor ajoelhados, em sinal de adoração, são livres para fazê-lo.

Vejo ainda muitos afirmarem que também na Consagração Eucarística deve-se permanecer em pé e não ajoelhado, e muitos afirmam inclusive que aprenderam isso em Cursos de Liturgia (!). Mas também quanto à isso à lei da Santa Igreja é clara em afirmar na Instrução Geral no Missal Romano determina que os fiéis estejam "de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração." (IGMR, n. 43)

Temos então, nestas situações em que citamos, algo como se fosse uma "joelhofobia", em desacordo com o senso litúrgico e em desobediência explícita à lei da Santa Igreja. E escuto para isso argumentações como: "Deve-se estar não de joelhos, mas em pé como sinal de prontidão"; ou "A Eucaristia é banquete e ninguém come ajoelhado"; ou ainda "A Eucaristia é para ser comida, não para ser adorada". Ora, todas estas argumentações estão equivocadas!

A Consagração e a Comunhão Eucarística são, antes de qualquer coisa, momentos sublimes de adoração, pois a Hóstia Consagrada é a Presença Real de Nosso Senhor; já dizia Santo Agostinho, Doutor da Santa Igreja: "Ninguém coma desta Carne se antes não A adorou." A Santa Missa é a Renovação do Único e Eterno Sacrifício de Nosso Senhor, e embora tenha uma dimensão de banquete e ceia, é um banquete essencialmente sacrifical, que perde totalmente o sentido se não reconhecermos nele a dimensão de Sacrifício. Na Santa Missa não nos alimentamos de uma comida qualquer como em um banquete ou ceia comuns, mas sim do Carne e do Sangue de Nosso Senhor, escondidos sob a aparência do pão e do vinho. Por isso nos ensinou o saudoso Papa João Paulo II que não se pode esquecer que o "banquete eucarístico tem também um sentido primária e profundamente sacrifical" (Mane Nobiscum Domine, n. 15).

Ocorre que, na atual crise doutrinária e litúrgica que vivemos, muitos "católicos" ditos "progressistas" negam ou obscurecem a Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento do Altar e o caráter sacrifical da Santa Missa, vivendo-a como se fosse um simples banquete, ceia, festa ou reunião social. Sobre isso, lamenta o saudoso Papa João Paulo II na sua fabulosa encíclica Ecclesia de Eucharistia: "As vezes transparece um compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesma. Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que se fundamenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio. (...) Como não manifestar profunda mágoa por tudo isto? A Eucaristia é um Dom demasiadamente grande para suportar ambiguidades e reduções." (Ecclesia de Eucharistia, n. 10) Consequência natural disso é a desvalorização e o desaparecimento, em muitos lugares, do sinais e símbolos litúrgicos que expressam a fé católica no que diz respeito ao Santo Sacrifício da Missa, tais como: os paramentos litúrgicos, as velas, o incenso, a genuflexão, o dobrar os joelhos e assim por diante.

É necessário uma nova tomada de consciência entre os católicos, para que, em obediência ao Sumo Pontífice Gloriosamente Reinante - o Papa Bento XVI -, o Santo Sacrifício da Missa seja conhecido e valorizado em sua essência, seus sinais e símbolos sejam também valorizados e as leis litúrgicas sejam, de fato, obedecidas, contrapondo-nos à isto que é como se fosse uma "joelhofobia" e à todos os demais abusos litúrgicos, para a Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.


Nota do editor (20/06/2009):


- A Instrução Redemptionis Sacramentum afirma ainda que todos tem responsabilidade em procurar corrigir os abusos litúrgicos, mesmo quando isso implica em expor queixa aos superiores. Diz o documento (n. 183-184): "De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir este trabalho. Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice. Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade."


- desde o ano passado, o Santo Padre Bento XVI restaurou o costume de se comungar diretamente na boca e de joelhos, no genuflexório, nas Missas que ele celebra em Roma, como podemos ver neste lindo vídeo da solenidade de Corpos Christi do ano passado: